sábado, 13 de julho de 2013

GUARDA MUNICIPAL COMPLETA 89 ANOS SEM EQUIPAMENTOS BÁSICOS

Em um plenário lotado de Guardas Civis, a Câmara Municipal realizou na noite da última quarta-feira, 10 de julho, audiência pública para discutir a segurança pública do município. A iniciativa foi da Comissão de Serviços Públicos da Casa, presidida pelo vereador Reinaldo Meirelles (PTB).

Meirelles destacou na audiência a falta de equipamentos de proteção individual da Guarda Civil, que faz 89 anos nessa sexta-feira. O vereador lembrou que nas manifestações realizadas na cidade, foi muito comentada a falta de estrutura e de equipamentos dos guardas que faziam a segurança dos prédios públicos.

Segundo o Secretário de Segurança Pública do Município, Coronel Claudio Calixto Barbosa, apesar dos problemas de estrutura, a Guarda Civil pode ser considerada uma referência. No entanto, apenas com a reformulação da lei será possível reorganizar a Guarda.

Para o Coronel Calixto, “Hoje, a Guarda é regida por uma verdadeira colcha de retalhos de leis. Precisamos de uma única legislação para as melhorias esperadas por todos. Não quero sair da Guarda Civil sem estruturar administrativamente a organização, incluindo a criação de cargos superiores, tais como inspetores superintendente e regional. Em relação aos equipamentos, estamos realizando estudos, inclusive encaminhando guardas para realizar cursos e treinamentos e dessa forma, adquirir os equipamentos mais adequados para Petrópolis”.

A Associação dos Guardas Civis de Petrópolis, Luís Fernando Neiva, comentou a respeito da remuneração da categoria. Para Neiva, “A Guarda Civil de Petrópolis tem a formação escolar da Noruega, mas o piso salarial é da Etiópia. As famílias dos guardas civis de Petrópolis estão sofrendo com o salário de 711 reais”. Segundo Neiva, para um guarda ter um salário razoável, precisa fazer turnos de 36 horas de trabalho por 12 horas de folga.

Uma questão urgente para os guardas da cidade é o enquadramento da categoria. Desde o último concurso realizado em 2006, a formação no ensino médio é obrigatória. No entanto, até hoje, os guardas civis recebem o salário equivalente à formação da quarta série do ensino fundamental. Segundo cálculos da Associação, para o pagamento do salário de acordo com a escolaridade obrigatória, seria necessário um acréscimo de 1,7 milhão de reais ao ano na folha de pagamento da Guarda Civil, o que já foi descartado pelo Executivo Municipal.

Participaram Coronel Peixoto, comandante do 26º Batalhão da Polícia Militar, o secretário de Segurança Pública do município Coronel Claudio Calixto Barbosa, o comandante da Guarda Civil Dirceu Carneiro, o presidente da Associação dos Guardas Civis de Petrópolis, Luís Fernando Neiva e Osvaldo Magalhães, presidente do SISEP. Estavam presentes também os vereadores Paulo Igor (PMDB), Reinaldo Meirelles (PTB), Pastor Sebastião (PSC), Marcos Montanha (PPS), Roni Medeiros (PTB), Ronaldo Ramos (PTC), Anderson Juliano (PT), Silmar Fortes (PMDB) e Luizinho Sorriso (PT).

Nenhum comentário:

Postar um comentário