Empresas com forte atuação em Responsabilidade Social já praticam um horário de trabalho flexível a pais ou responsáveis legais por pessoas com deficiência, mas o deputado Benardo Rossi (PMDB) quer estender esse benefício a todos os funcionários públicos estaduais. O projeto de lei 2227/2013 está em trâmite na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) com a proposta de ser regulamentado pelo governo de acordo também com cada órgão público e suas atribuições.
No Estado do Rio, há 2,4 milhões de pessoas com deficiência que requerem um atendimento mais aprimorado da família e do poder público. "Pessoas ditas 'normais' passam pelo trâmite de saúde, educação e formação profissional. Para o deficiente e sua família esse processo tem muitos obstáculos. É preciso ajudá-los a transpor essas barreiras", defende Bernardo, citando pesquisa da Fundação Getúlio Vargas que aponta que 21.6% dos deficientes do país - 24,5 milhões de pessoas - nunca foram à escola.
"A ideia é que os servidores públicos, pais ou responsáveis por pessoas com deficiência, tenham a oportunidade de uma jornada mais flexível, mas sempre com períodos compensatórios, para que possam garantir atendimento médico, ambulatorial, fisioterápico, enfim, o que um filho com deficiência precisa", defende Bernardo Rossi.
A oportunidade de diferenciação no horário de trabalho já é uma experiência bem sucedida aplicada em países como Portugal. Também já é iniciativa de alguns municípios brasileiros e também tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo.
"É um tema que ultrapassa o âmbito familiar. A inclusão da pessoa com a deficiência na sociedade é uma obrigação de todos nós. O estimulo precoce de crianças com deficiência, por exemplo, pode ser a garantia de uma independência na vida adulta. É isso temos, todos, de proporcionar: que esses pais tenham a oportunidade de conseguir dar o atendimento a que o filho deficiente precisa para ser independente, socialmente ativo", prega Bernardo Rossi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário