sexta-feira, 19 de julho de 2013

PAIS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA PODEM TER HORÁRIO DE TRABALHO MAIS FLEXÍVEL NAS REPARTIÇÕES ESTADUAIS

Empresas com forte atuação em Responsabilidade Social já praticam um horário de trabalho flexível a pais ou responsáveis legais por pessoas com deficiência, mas o deputado Benardo Rossi (PMDB) quer estender esse benefício a todos os funcionários públicos estaduais. O projeto de lei 2227/2013 está em trâmite na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) com a proposta de ser regulamentado pelo governo de acordo também com cada órgão público e suas atribuições.

No Estado do Rio, há 2,4 milhões de pessoas com deficiência que requerem um atendimento mais aprimorado da família e do poder público. "Pessoas ditas 'normais' passam pelo trâmite de saúde, educação e formação profissional. Para o deficiente e sua família esse processo tem muitos obstáculos. É preciso ajudá-los a transpor essas barreiras", defende Bernardo, citando pesquisa da Fundação Getúlio Vargas que aponta que 21.6% dos deficientes do país - 24,5 milhões de pessoas - nunca foram à escola.

"A ideia é que os servidores públicos, pais ou responsáveis por pessoas com deficiência, tenham a oportunidade de uma jornada mais flexível, mas sempre com períodos compensatórios, para que possam garantir atendimento médico, ambulatorial, fisioterápico, enfim, o que um filho com deficiência precisa", defende Bernardo Rossi.

A oportunidade de diferenciação no horário de trabalho já é uma experiência bem sucedida aplicada em países como Portugal. Também já é iniciativa de alguns municípios brasileiros e também tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo.

"É um tema que ultrapassa o âmbito familiar. A inclusão da pessoa com a deficiência na sociedade é uma obrigação de todos nós. O estimulo precoce de crianças com deficiência, por exemplo, pode ser a garantia de uma independência na vida adulta. É isso temos, todos, de proporcionar: que esses pais tenham a oportunidade de conseguir dar o atendimento a que o filho deficiente precisa para ser independente, socialmente ativo", prega Bernardo Rossi.

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