Depois de quase 25 anos dedicados ao rap, foi apenas em 2011 que o paulistano Criolo tornou-se conhecido do grande público ao lançar o hit “Não existe amor em SP”. A música faz parte do repertório do disco “Nós na orelha” que o cantor apresenta no Festival Sesc Rio de Inverno, no dia 19 de julho, às 21h, no Sesc Quitandinha. O álbum fez o raper ser o campeão de indicações do VMB da MTV, em cinco categorias, sendo vencedor com Videoclipe do Ano, Álbum do Ano, Música do Ano e Artista Revelação.
Entre as canções do show estão “Bogotá”, que celebra a influência da música africana, “Freguês da meia-noite”, um samba-canção e “Sucrilhos”, que ressurge com novo arranjo para os já conhecidos versos “Pode colar mas sem arrastar. Se arrastar, favela vai cobrar. Acostumado com Sucrilhos no prato, morango só é bom com a preta de lado”. “Subirudoistiozin”, “Lion man“ e “Grajauex” completam a lista de raps defendidos pelo MC no palco.
Com direção musical de Daniel Ganjaman (teclados) e Marcelo Cabral (baixo), também produtores do disco e músicos da banda, Criolo se apresenta acompanhado Guilherme Held (guitarra), Maurício Badé (percussão), Thiago França (sax tenor e flauta), DJ Dan Dan (voz) e Sérgio Machado (bateria).
Totalmente autoral, “Nó na Orelha” traz dez faixas com produção de Daniel Ganjaman (ex-Planet Hemp e produtor de discos de nomes como Nação Zumbi e Sabotage ) e Marcelo Cabral. O álbum foi gravado e mixado em 2010. Desde o lançamento do CD, Criolo já fez mais de 100 shows no Brasil e mundo. Depois de passar por Buenos Aires, na Argentina, e Nova York, nos Estados Unidos, tocou ao lado do ícone do ethio-jazz Mulatu Astatke, em Londres, cativou plateias de todas as idades em Paris, Milão e Roma e integrou o line-up de um dos maiores festivais de música do mundo, o Roskilde, na Dinamarca. Apresentou-se pela primeira vez em Los Angeles e voltou a Nova York, dessa vez para tocar no festival Summer Stage, no Central Park, onde encerrou sua primeira e elogiada turnê internacional. A segunda turnê fora do Brasil, realizada em 2012, passou por onze cidades em países como Alemanha, França, Inglaterra, Suiça, Bélgica, Portugal e Países Baixos.
Aos 37 anos, 25 deles dedicados ao rap, Kleber Gomes, o Criolo, lançou seu primeiro álbum de canções, “Nó na Orelha”, em 2011, com apoio da Matilha Cultural. Compositor de canções contundentes e letras bem construídas, destila versos habilidosos como MC, sem necessariamente utilizar-se de rimas para tal, e profere vocais que surpreendem pela beleza e versatilidade. Paulistano nascido no bairro de Santo Amaro e criado no Grajaú, Kleber Gomes usou de agressividade, humor e delicadeza para criar seu disco. Com igual domínio compõe e entoa genêros diversos como samba, afrobeat, bolero, reggae e rap. Criador da Rinha dos MCs, uma das festas mais autênticas do hip hop dedicada às batalhas de improvisação, Criolo não deixa de representar sua raíz musical em “Nó na Orelha”.
O MC escreveu seu primeiro rap aos 11 anos e sua primeira canção aos 25. “Ainda há Tempo”, seu primeiro registro em estúdio, em 2006, trazia apenas uma canção, ''Aprendiz''. Mesmo sem lançamento oficial, a tiragem de mil unidades esgotou em poucos dias. Apreciador de sambas e fados e compositor compulsivo, Criolo aguardava a oportunidade de apresentar suas canções em um disco produzido de modo diferente do consagrado pelos talentosos beat-makers de seu universo.
Com apoio do centro cultural independente sem fins lucrativos Matilha Cultural - que viabilizou a produção de “Nó na Orelha” - conheceu Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral. O processo de gravação e produção do disco aproximou Criolo de uma nova cena e rendeu inclusões de suas músicas nos discos do produtor Gui Amabis (Memórias Luso Africanas) e do projeto 3 na Massa, ainda inédito, e uma interpretação sensível da canção "Ribeirão", no disco Bahia Fantástica, de Rodrigo Campos. “Nó na Orelha” foi editado em vinil e CD, com arte de Ricardo Fernandes na capa. A edição em CD traz uma versão dub, remix de Daniel Ganjaman, da música “Samba Sambei” como faixa bônus.
“Nó na Orelha” foi lançado na Europa em 2012, pela Sterns Music, gravadora baseada em Londres desde 1983 e especializada em títulos de música africana, que, entre outros, lançou o cultuado álbum “Mama Afrika” de Miriam Makeba. O catálogo da Sterns conta com mais de três mil álbuns, entre eles os brasileiros “Beleza! Beleza!! Beleza!!!”, do Trio Mocotó, e “Rádio S.AMB.A.”, da Nação Zumbi.
Repertório
Subirosdoistiozin
Bogotá
Não existe amor em SP
Freguês da meia-noite
Grajauex
Samba sambei
Sucrilhos
Lion Man
Linha de Frente
Olhos de Safira
Cerol
Lantejoula
No sapatinho
Vasilhame
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