Mesmo em casos de doenças como o câncer, a melhor saída ainda é cuidar da saúde. Isso significa ir periodicamente às consultas médicas e fazer exames de rotina.
O câncer de cólon é uma doença muito comum nos dias de hoje, segundo tumor mais frequente nos homens em todo o mundo e terceiro entre as mulheres, ele atinge o intestino grosso e entre as causas, estão: presença de pólipos, obesidade, má conduta alimentar com pouca fibra e ingestão de muita quantidade de carboidratos. Dentre os sintomas, podem acontecer alteração do ritmo intestinal, cólicas e diarreia, seguidos por constipação, dor abdominal e sangramento nas fezes.
Infelizmente, por falta de acesso às campanhas de prevenção ou constrangimento na hora de fazer os exames, o número de pacientes com o diagnóstico de câncer de cólon em fase avançada tem apresentado crescimento. No caso desse tipo de câncer, o tumor pode levar até 15 anos para se desenvolver e se manifestar e, se a doença for diagnosticada precocemente, o índice de sucesso no tratamento é muito alto.
O diagnóstico é feito a partir de exames como a colonoscopia (porção do intestino exteriorizada na parede do abdome, por onde são escoados fezes e gases para uma bolsa coletora) que, embora seja utilizada para detectar um possível problema no cólon, também pode verificar o reto, localizado no fim do intestino grosso. O exame, além de localizar o pólipo ou tumor, pode retirá-lo, na mesma ocasião, para biópsia. A principal preocupação dos médicos está em desmistificar o desconforto e ressaltar a importância dos exames preventivos. Detalhes como o simples fato de olhar as fezes antes de dar a descarga e perceber se há sangue pode denunciar que algo está errado.
De acordo com a Dra. Carla Ismael, que faz parte da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica) e do corpo clínico do Centro de Terapia Oncológica (CTO), a maior incidência de casos está em pessoas na faixa etária de 55 a 65 anos. “A Colonoscopia deve ser obrigatória a partir dos 50 anos”, afirma.
O indicado é que a pessoa, a partir dos 50 anos, se submeta aos exames de rotina. Se não houver nada de suspeito, o paciente passa por novos exames, apenas depois de dez anos. Caso tenha histórico familiar da doença, o paciente que tem familiares com câncer de cólon ou de reto deve repetir o exame a cada três ou cinco anos, mesmo que os anteriores não tenham detectado nada de errado.
O câncer de reto pode ser percebido mais facilmente com o exame de toque, mas há também os exames radiológicos com contraste, em que é possível levantar suspeitas acerca do tumor. Mesmo assim, ainda seria preciso realizar a colonoscopia, devido à exatidão nos resultados.
Apesar de não estar relacionada a problemas de prisão de ventre, a alimentação influencia diretamente no câncer de cólon. “Uma dieta com poucas fibras e folhas, com muita carne, o “padrão de alimentação ocidental”, aumenta a possibilidade da doença. Na África, onde se come muitas fibras e folhas, a doença é de baixa incidência”, explica.
A possibilidade de cura pode ser total, após o diagnóstico, o tratamento ideal e inicial é a cirurgia. “Caso o tumor esteja muito grande, o paciente é submetido à quimioterapia associada à radioterapia para diminuir o volume tumoral para que ele possa ser operado. Muitas vezes é necessária a remoção de uma parte do cólon, onde está o tumor, o que aumenta a margem de segurança no tratamento”.
Quem apresenta tumores de reto manifesta, em geral, sangramento intestinal. Com o tumor no reto, há mudanças no organismo, o intestino fica mais lento, constipado e depois de alguns dias, pode ocorrer diarreia. Também há o aparecimento de cólicas.
Sintomas
Vários casos de câncer do cólon não têm sintomas, no entanto, podem indicar câncer do cólon:
- Dor abdominal e sensibilidade no abdome inferior;
- Sangue nas fezes;
- Diarreia, constipação ou outra mudança nos hábitos intestinais;
- Perda de peso sem nenhuma razão conhecida.
Tratamento
Depende parcialmente do estágio do câncer. Em geral, os tratamentos podem incluir:
- Cirurgia (mais frequentemente uma colectomia) para remover células cancerígenas;
- Quimioterapia para matar células cancerígenas;
- Radioterapia para destruir tecido canceroso.
Complicações possíveis
- Bloqueio do cólon;
- Câncer que retorna ao cólon;
- Câncer que se dissemina para outros órgãos ou tecidos (metástase);
- Desenvolvimento de um segundo câncer colorretal primário;
Prevenção
A taxa de mortalidade por câncer do cólon caiu nos últimos 15 anos devido à maior consciência e à triagem por colonoscopia. Esse tipo de câncer quase sempre pode ser detectado nos estágios precoces e curáveis por colonoscopia. Quase todos os homens e mulheres com 50 anos ou mais deveriam passar por uma triagem de câncer do cólon. Pacientes com risco podem precisar de triagem mais cedo.
A triagem de câncer do cólon pode detectar pólipos antes de eles se tornarem cancerosos. A remoção desses pólipos pode prevenir o câncer do cólon. É importante mudar sua dieta e seu estilo de vida. Alguma evidência sugere que dietas com pouca gordura e muita fibra podem reduzir seu risco de câncer do cólon.
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