segunda-feira, 22 de julho de 2013

THE LANCET ONCOLOGY: POLUIÇÃO DO AR PODE AUMENTAR RISCO DE CÂNCER DE PULMÃO, PRINCIPALMENTE DO ADENOCARCINOMA

Um estudo europeu publicado na revista The Lancet Oncology avaliou o impacto da exposição prolongada aos óxidos de nitrogênio e a materiais particulados (MP) provenientes do tráfego, da indústria e do aquecimento doméstico.

A análise constatou que a exposição em longo prazo, mesmo a baixos níveis de poluição do ar, aumenta o risco de câncer de pulmão, principalmente de adenocarcinoma, tipo que afeta mais os não fumantes.

A poluição do ar e a incidência de câncer de pulmão foi estudada em uma análise prospectiva conhecida por European Study of Cohorts for Air Pollution Effects (ESCAPE). O objetivo foi avaliar a associação entre a exposição no longo prazo à poluição do ar ambiente e a incidência de câncer de pulmão em populações europeias.

Esta análise utilizou dados de dezessete estudos de coorte com base em nove países europeus, abrangendo um total de quase 313 mil pessoas. Durante o seguimento médio de 13 anos, foram diagnosticados 2.095 casos novos de câncer de pulmão.
Foram analisadas as exposições a partículas de menos de 2,5 micrômetros (PM 2,5), a aquelas com menos de 10 micrômetros (PM 10) e aos óxidos de nitrogênio.

As meta-análises mostraram uma associação estatisticamente significativa entre o risco de câncer de pulmão e a poluição do ar com material particulado, aumentando a incidência de câncer de pulmão na Europa. Constatou-se que para cada aumento de cinco microgramas de PM 2,5 por metro cúbico de ar, o risco de câncer de pulmão aumentou em 18%. Já para cada aumento de 10 microgramas de PM 10 por metro cúbico de ar o risco era aumentado em 22%. Não foram encontradas ligações entre o câncer de pulmão e a exposição aos óxidos de nitrogênio.
Para o médico oncologista Bernardino Alves Ferreira, um dos diretores do CTO - Centro de Terapia Oncológica, a poluição em Petrópolis ainda está em níveis ditos saudáveis. “Acredito que por pouco tempo, pois a quantidade de carros circulantes é muito grande. Necessário se faz ter uma política urbana para diminuirmos a taxa de carcinogênicos no ar”, pontua.

O especialista acredita que não existe uma forma simples de tratar o assunto, já que para tal seria necessário o controle do tráfego de carros, evitar os engarrafamentos, horários especiais para caminhões, coibir carro/ônibus/caminhões/motos com emissão elevada de gases, dentre outras ações.

Bernardino explica que os primeiros sintomas de câncer de pulmão dependem da localização do tumor no pulmão. “Geralmente os sintomas são tosse frequente sem sinais de gripe, escarro com sangue, rouquidão de mais de 15 dias, emagrecimento e febre inexplicáveis, falta de ar, cansaço e dor torácica”.

Sempre que houver qualquer sintoma respiratório mais evidente ou duradouro e principalmente se o paciente for fumante é necessário consultar o médico pelo menos uma vez ao ano.

O oncologista ainda lembra que recente trabalho científico apresentado no último Congresso Americano de Câncer, em maio desse ano, mostrou que fazer uma tomografia do tórax sem contraste é bem mais eficaz do que um RX de tórax para rastreamento de câncer do pulmão nas pessoas que são fumantes.

Mais informações podem ser obtidas na sede do CTO – Centro de Terapia Oncológica localizada à Rua Dr. Sá Earp, 309 - Centro – Petrópolis/ RJ, através do telefone (24) 2244-2005 ou ainda do site www.ctopetropolis.com.br.

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