É comum, com o passar do tempo, que alguns valores percam a força e sejam substituídos por ideais e maneiras de pensar diferentes. Mas na filmografia de Charles Chaplin, dono de um jeito de filmar que nunca mais foi igualado, a vidaé sempre uma experiência atual.
Muitas vezes chamado de Carlitos ou apenas de “Vagabundo”, ele é um dos grandes nomes da história da sétima arte. Nasceu em Londres, em 16 de abril de 1889. Começou sua carreira artística ainda na Inglaterra, quando fez pequenas participações no teatro ainda criança. Filho de artistas, teve uma infância difícil, em que viu o divórcio dos pais ser seguido por alcoolismo, por parte do pai, e doença, por parte da mãe. Após muita dificuldade, o jovem conseguiu espaço para se apresentar no Music Hall, dando início a sua trajetória de sucesso. Viveu tempos conturbados, como as duas Grandes Guerras e a crise de 29 nos Estados Unidos. Mesmo assim, fez muita gente sorrir.
Em uma época de sofrimento e privações causados pela Primeira Guerra Mundial, o Vagabundo (ou Carlitos) personagem mais famoso de Chaplin, servia não apenas como um “palhaço”, mas também como uma válvula de escape para toda a agonia que ainda prevalecia. Chaplin o usava como um manifesto contra a condição deplorável do mundo pós-guerra. Mas foi apenas com “O Garoto” (1921) que o diretor incluiu nesse universo de Carlitos um núcleo familiar, a única coisa que faltava para enriquecer por completo a gama de temas pertinentes que sempre marcaram presença nas aventuras do personagem.
Agora dividindo a tela quase que o tempo todo com o ator mirim Jackie Coogan, Chaplin nos conta o que acontece quando Carlitos encontra na rua um bebê abandonado, que traz consigo o bilhete de uma mãe desesperada (vivida por Edna Purviance) implorando para que cuidem de seu filho. O garotinho então vai crescendo ao lado de nosso protagonista e aprendendo aos poucos os truques necessários para se viver em um mundo dominado pela pobreza e pela apatia, que consistem basicamente em quebrar vidraças para gerar um emprego para seu pai postiço vidraceiro. No entanto, toda essa pequena felicidade dos dois é ameaçada quando, anos depois, a mãe biológica enriquece e decide voltar para pegar a guarda do menino.
Já “Luzes da Cidade” é uma obra-prima, tendo sido aclamado por muitos como um dos melhores de todos os tempos. É um filme mudo americano de comédia romântica de 1931. Traz de volta o personagem Vagabundo, interpretado pelo próprio Chaplin, envolvido com uma florista cega. Novamente é a solidariedade que dá o tom.
Paulo José Campos de Melo é pianista com diploma de concerto pela Berliner Hochschule der Künste (Escola Superior de Artes de Berlim). Em 1972 concluiu o curso de piano no Conservatório Carlos Gomes. Estudou com Miguel Proença no Rio de Janeiro e com o maestro Souza Lima em São Paulo. Á convite do pianista Roberto Szidon participou do Festival Tibor Varga em Sion, na Suíça. Foi Diretor Musical no Städtische Bühne West Berlins, no Deutsche Theater em Göttingen, Städtische Bühne Münster, Braunschweig, Celle, na Alemanha. No Atelier Theater, em Berna, na Suíça, e no Tiroler Landes Theater, em Innsbrück, na Áustria. Apresentou-se em mais de 20 países da Europa, América do Norte e América do Sul. É o atual Superintendente da Fundação Carlos Gomes e Organista titular da Catedral Metropolitana de Belém.
O Museu Imperial fica na Rua da Imperatriz, 220 – Centro – Petrópolis/ RJ. A entrada para as duas sessões é francamediante a doação de 1 kg de alimento não-perecível para a Campanha da Solidariedade promovida pela Dell’Arte.
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