quarta-feira, 3 de julho de 2013

SUS VAI IMUNIZAR 253 MIL MENINAS CONTRA HPV NO ESTADO DO RIO

20 mil serão vacinadas em Petrópolis


O Ministério da Saúde anunciou oficialmente nesta terça-feira (02.07) que inicia ano que vem a vacinação contra o vírus HPV, principal causador do câncer de útero. O deputado petropolitano Bernardo Rossi (PMDB) comemorou a decisão que é fruto de pressão das assembleias parlamentares de todo o país. O Estado do Rio, por lei de Bernardo Rossi sancionada pelo governador Sergio Cabral, foi o primeiro a estabelecer um programa de vacinação em massa contra o HPV e de graça. Outros parlamentos seguiram a iniciativa da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) e o governo federal acabou por lançar uma campanha nacional de imunização.

A iniciativa vai beneficiar 253.500 meninas no Estado do Rio, das quais 20 mil em Petrópolis. No Brasil, a meta é vacina 80% do público-alvo, estimado em 3,3 milhões. Serão investidos R$ 360 milhões na aquisição de 12 milhões de doses. Em 2011, 595 mulheres morreram no Estado do Rio vítimas do câncer de colo de útero.

A imunização será feita em três doses, aplicadas com autorização dos pais ou responsáveis das pré-adolescentes, de acordo com o seguinte esquema: após a aplicação da primeira dose, a segunda deverá ocorrer em dois meses e a terceira, em seis meses a contar da primeira dose. Além de vacinação nos postos de saúde, a campanha vai percorrer também as escolas.

"O Estado do Rio foi o primeiro a ter uma lei, minha e de Rafael Picciani, deputado licenciado e secretário estadual de Habitação, tornando essa vacinação obrigatória. É um investimento, sobretudo, em medicina preventiva. O tratamento do câncer é caro, doloroso e desestabiliza os lares porque hoje 44% das casas são chefiadas por mulheres. Estamos garantindo estabilidade física, emocional e também para a economia. O país depende hoje da força de trabalho feminina", aponta Bernardo Rossi.

A cada ano, 270 mil mulheres no mundo morrem por conta da doença. No Brasil, 5.160 mulheres morreram em 2011 em decorrência do câncer no útero e, dessas, 595 viviam no estado fluminense. Para 2013, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 17.540 novos casos.

A vacina para prevenção da doença tem eficácia comprovada para pessoas que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. A escolha do público-alvo levou em consideração evidências científicas, estudos sobre o comportamento sexual e a avaliação de especialistas que atuam no Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) vinculado ao Ministério da Saúde.

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