terça-feira, 4 de dezembro de 2012

PESQUISA FIRJAN MOSTRA MUNICÍPIOS DA REGIÃO SERRANA COM DESENVOLVIMENTO MODERADO

Criado pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) para acompanhar a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) revelou em sua quinta edição, com dados de 2010, que no estado do Rio de Janeiro quase todos os municípios fluminenses (99%) apresentam nível de desenvolvimento de moderado a alto. Entre os municípios da Região Serrana (que inclui sete municípios – Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Três Rios, Paraíba do Sul, Areal, Sapucaia e Comendador Levy Gaspeariam), Petrópolis é destaque, com índice de desenvolvimento de 0,7956, o 13º melhor do Estado e o 363º do Brasil.

Com periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM considera três áreas de desenvolvimento - Emprego & Renda, Educação e Saúde - e utiliza-se de estatísticas oficiais divulgadas pelos Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. Em 2012, os dados oficiais mais recentes disponíveis são de 2010, o que possibilitou uma análise detalhada das transformações sociais que marcaram o Brasil na primeira década dos anos 2000. O estudo começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000, e permite determinar com precisão se a melhora ocorrida em determinado município foi decorrente de medidas políticas ou apenas reflexo da queda de outro município. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.

Petrópolis tem média superior a do Estado nas áreas de Educação e Saúde

Cidade com melhor desempenho no IFDM entre os municípios da Região Serrana, Petrópolis foi puxada pelos bons resultados nas áreas de Educação e Saúde, que registraram índice superior à média do Estado. No item Educação, a cidade alcançou 0,7956, enquanto o Estado ficou com 0,7690. Já na área de Saúde, Petrópolis teve índice 0,8715, contra 0,8254 do Estado. Os municípios de Comendador Levy Gaspeariam (0,8449), Areal (0,8255), Paraíba do Sul (0,8321) e São José do Vale do Rio Preto (0,8446) também registraram desempenho melhor do que a média do Estado na área de Saúde. Na área de Educação, Três Rios (0,7754), Comendador Levy Gaspeariam (0,8063) e Paraíba do Sul (0,8400), também tiveram índices superiores à média estadual.

Itaguaí entrou para a lista dos 10 melhores desempenhos do estado

Na lista de 10 maiores IFDMs do estado do Rio de Janeiro, há apenas um município que não integrava o grupo em 2009: Itaguaí. Com expressivo crescimento na categoria de Emprego & Renda, Itaguaí atingiu alto grau de desenvolvimento e saltou dez posições no ranking estadual, do 19º lugar, quando tinha IFDM de 0,7520 pontos, para a 9ª posição (0,8186). Em 1° lugar, aparece Porto Real, que impulsionado pelo maior dinamismo do mercado de trabalho em 2010, assumiu a liderança no estado, que antes era de Niterói. A capital Rio de Janeiro cresceu 0,7% entre 2009 e 2010, mas perdeu a 2ª colocação para Rio das Ostras, passando a ocupar o 6° lugar.

A lista completa do Top 10 é composta pelas seguintes cidades: Porto Real (0,8655); Rio das Ostras (0,8624); Resende (0,8614); Niterói (0,8599); Angra dos Reis (0,8541); Rio de Janeiro (0,8501); Volta Redonda (0,8469); Macaé (0,8356); Itaguaí (0,8186) e Teresópolis (0,8110).

No outro extremo, seis municípios continuaram em 2010 e entre os 10 menores IFDMs do estado, apenas com alternância de posições: Laje do Muriaé (0,6221), Japeri (0,6196), Silva Jardim (0,6137), Guapimirim (0,6120), Carmo (0,6096) e Trajano de Morais (0,5828), na última posição. Apesar da permanência entre os 10 menores IFDMs do estado, é importante ressaltar o avanço de 8,1% de Japeri, que ocupava a última colocação estadual um ano antes. Com melhoras nas vertentes Emprego & Renda e Educação, a cidade migrou de um estágio de desenvolvimento regular para moderado, galgando seis posições na classificação estadual. No sentido oposto, o município de Cantagalo (0,6368) registrou a maior perda de posições, caindo da 51ª para a 83ª colocação, devido a quedas no IFDM Emprego & Renda e Saúde.

Em uma análise da década, entre 2000 e 2010, é importante destacar os municípios que mais avançaram em termos socioeconômicos: Angra dos Reis, Rio das Ostras, Teresópolis e Volta Redonda. Nas quatro cidades, especialmente as duas primeiras, destacou-se o avanço da vertente Emprego & Renda.

Recuperação frente à crise econômica mundial

A média brasileira do IFDM atingiu 0,7899 pontos em 2010, um crescimento de 3,9% em relação a 2009, mantendo-se na faixa de classificação de desenvolvimento moderado. Os dados refletem não só a recuperação da economia brasileira frente à crise mundial de 2008 e 2009, mas também avanços nas áreas de Emprego & Renda e Educação.

A principal contribuição para a média brasileira partiu da vertente Emprego & Renda. O indicador manteve-se na faixa moderada, mas aumentou 8,6% em apenas um ano, passando de 0,7286 para 0,7914 pontos, como resultado da geração recorde de mais de dois milhões de empregos em 2010. Apesar do significativo crescimento, o IFDM Emprego & Renda avançou em pouco mais da metade (52,2%) das cidades brasileiras, onde foram gerados 75% dos empregos com carteira assinada em 2010, revelando que o mercado formal de trabalho brasileiro ainda é concentrado.

A categoria Educação manteve a tendência de evolução observada nos últimos anos e alcançou 0,7692 pontos, desenvolvimento moderado. A pontuação representou um avanço de 2,5% em comparação com o ano anterior, com crescimento em 81,5% dos municípios. Em particular, destacou-se a expansão no atendimento da educação infantil no Brasil, que em 2010 progrediu em mais de 80% das cidades. A quantidade de crianças em idade pré-escolar matriculadas no país subiu de 34,9% em 2009 para 40,1% no ano seguinte.

Na Saúde, o indicador ficou praticamente estável, mas manteve-se em patamar de alto desenvolvimento, atingindo 0,8091 pontos: crescimento de 0,9% em 2010, quando 64,8% dos municípios avançaram nessa área de desenvolvimento. Entre as variáveis de saúde básica acompanhadas pelo estudo, o destaque de 2010 ficou para o aumento do número de gestantes com sete ou mais consultas pré-natal, o que ocorreu em quase 70% do país. Ainda assim, apenas 5,3% dos municípios têm mais de 90% das gestantes fazendo pré-natal corretamente.

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