terça-feira, 11 de dezembro de 2012

TARUÍRA COMEMORA 10 ANOS NA CERVEJARIA BOHEMIA


A sexta-feira, dia 14, será de muita festa na Cervejaria Bohemia. O motivo é a comemoração do aniversário do grupo Taruíra, que completa 10 anos de trajetória, a partir das 20h. O evento encerra um ano de muitos festejos. O sexteto atraiu cerca de 400 pessoas todos os meses, quando realizou suas já tradicionais rodas de chorinho.

“Além de comemorarmos uma década de Taruíra, também estamos caminhando para o quarto ano das rodas de choro realizadas pelo grupo. Esse é um evento independente e que acabou levando um grande público à Praça da Mosela, contribuindo para democratizar a música instrumental”, recorda Guto Menezes, cavaquinista do Taruíra.

O prato principal desse menu musical é o chorinho, mas regado a muito samba e bossa nova. No cardápio, além de composições já consagradas, como “Bolero”, de Ravel, “Carioquinha” e “Caçuá”, o sexteto instrumental apresentará ainda músicas próprias, presentes no primeiro DVD do grupo, “Nas Nuvens”, além da inédita “Peralta”.

No ano em que se celebram os 100 anos de Luiz Gonzaga, o Taruíra homenageará também um dos maiores compositores da música brasileira. “Araponga”, um choro instrumental de sua autoria, e “É”, de Gonzaguinha, ganharão arranjos próprios do grupo.

Formado por Breno Morais (flauta e sax soprano), Carlos Watkins (sax tenor), Guto Menezes (cavaquinho e viola caipira), José Roberto Leão (violão de sete cordas), Leandro ‘Tartaruga’ Mattos (pandeiro) e Yuri Garrido (bateria e percussão), o Taruíra começou em 2002 como um trio.

Após uma década de existência, a retrospectiva é positiva. "Começamos a ensaiar na cozinha da minha casa para estudar o choro, uma linguagem diferente e desafiadora para todos nós. Não pensei que pudesse chegar nesse patamar. Hoje temos um sexteto cercado por uma equipe técnica de primeira e muitas pessoas de diferentes idades que nos acompanham nos nossos sonhos. Olho pra trás e vejo muita estrada, lágrimas, sorrisos, despedidas, suor e, acima de qualquer coisa, a música, defendida sempre por todos que passaram pelo Taruíra”, avalia Breno Morais, saxofonista e fundador do grupo.

Além de retomar o Choro nas Praças, em 2012 o sexteto consolidou o trabalho iniciado no ano anterior, com o lançamento de seu DVD e o começo da gravação do segundo disco, composto apenas de canções autorais. Uma das músicas próprias do grupo, “A pasta do Carlinhos”, foi finalista no Festival das Rádios Mec e Nacional na categoria música instrumental, entre as mais de 500 inscritas em todo o estado. Em dezembro, já iniciando as comemorações de aniversário, foi inaugurado o Espaço Taruíra, em Secretário, um verdadeiro laboratório de música popular brasileira onde acontecerão encontros em que a brasilidade do grupo será aliada a novos elementos com a participação de convidados especiais de renome nacional.

Motivos para comemorar não faltam. Estão todos convidados.
Uma década de história

No estado do Espírito Santo, “taruíra” nada mais é que a comum lagartixa de parede. No Rio de Janeiro, Taruíra já virou sinônimo de boa música, que mescla tradição com modernidade. Nada como uma palavra genuinamente brasileira para dar nome ao grupo que é hoje um dos mais conceituados expoentes do chorinho contemporâneo. Esta, no entanto, não é a única faceta do sexteto, que reúne linguagens múltiplas e enfoca a música brasileira e latina em geral.

O grupo passou por mudanças na formação, inclusive agregando novos membros, sempre em busca de uma identidade sonora. O primeiro CD viria em 2007, com 14 canções já consagradas, como “Bolero”, “No balanço do jequibau” e “Pato Preto”, de compositores como Pixinguinha, Tom Jobim, Hermeto Paschoal, Guerra Peixe, Maurice Ravel, Garoto, entre outros. O músico bandolinista Paulo Sá foi o responsável pelos arranjos do trabalho independente, conferindo à obra originalidade e explorando a potencialidade nata do conjunto de músicos, em uma versátil mescla de influências.

Grandes nomes da música instrumental participaram do CD de estreia do Taruíra, entre eles Jorginho do Pandeiro (Época de Ouro), Celsinho Silva (Nó Em Pingo D’Água), Andréa Ernest Dias (Pife Muderno e Quinteto Pixinguinha) e Durval Pereira (Pife Muderno). O disco está esgotado e foi vendido nas melhores lojas do ramo em todo o estado do Rio de Janeiro, com veiculações em rádios de grande porte e renome, como as rádios Mec e Roquete Pinto FM.

Naquele mesmo ano, o grupo deu o pontapé inicial em um projeto que viraria sua marca registrada em Petrópolis: as rodas de choro na Praça da Mosela, onde o Taruíra se apresentou por mais de três anos. O evento começou como um encontro de músicos ao ar livre, mas cresceu e se estendeu por centenas de domingos.

Através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, o Choro nas Praças foi expandido a outros locais da cidade, passando a fazer parte do lazer e da formação cultural dos petropolitanos, fomentando, ainda, o apoio dos órgãos públicos e da iniciativa privada.

Sentindo a necessidade de uma divulgação especializada para o trabalho, em 2010 foi lançado o Taruíra Jornal, que, além de informar o público sobre as atividades do grupo, visava ao aquecimento cultural da região.

O ano de 2011 marcou a realização de um sonho do Taruíra. A vontade de produzir um material em vídeo do grupo ganhou uma nova perspectiva sob o comando da ParaRaio Filmes. A produtora de Juiz de Fora (MG) propôs a parceria que levaria à gravação do DVD “Nas Nuvens”, com uma linguagem visual única, em uma combinação perfeita com a identidade do grupo. O trabalho terá distribuição independente, além de já estar disponível para ser assistido gratuitamente na internet.

Nestes anos de trajetória, o grupo se apresentou em locais como o Festival Café, Cachaça e Chorinho, 1º Encontro Nacional de Empreendedorismo Cultural, Jogos Mundiais Militares 2011, projeto Choro no Werneck, no Festival do Centro Cultural IBEU e na Feira da Providência, no Rio de Janeiro; no Bar da Fábrica e no Café Muzik, em Juiz de Fora; e no Palácio de Cristal, Laboratório Nacional de Ciência e Computação Científica (LNCC), festivais de inverno do Sesc e da Dell’Arte e no Palácio Rio Negro, em Petrópolis, além de projetos e shows em Teresópolis, Nova Friburgo, Paty do Alferes e Belo Horizonte.

Serviço:

Taruíra 10 anos
Data: 14 de dezembro de 2012 – sexta-feira
Horário: 20h
Local: Cervejaria Bohemia
Endereço: Rua Alfredo Pachá, 166 – Centro – Petrópolis/RJ
Ingressos: R$15. Antecipados, R$10, à venda na Cervejaria Bohemia ou com Guto Menezes (24-8124-8607) e Leandro Mattos (24-8816-0395). Valor promocional de meia entrada para todos.

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