Conscientização visa reduzir fila de espera que tem mais de 8 mil pessoas no Estado
Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos - hoje a fila de espera por um transplante no Estado do Rio já soma 8 mil pessoas - o presidente da Câmara de Vereadores Paulo Igor (PMDB) está propondo a criação da Semana Municipal de Incentivo à Doação de Órgãos. De acordo com o projeto de Lei, a semana de conscientização deverá ser realizada entre 24 e 30 de setembro, mês em que se comemora o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos (27 de setembro).
Dados do Ministério da Saúde mostram que até o fim do ano passado, somente no Estado do Rio de Janeiro, 8.391 pessoas estavam na fila a espera por transplante de algum tipo de órgão, parte deles petropolitanos uma vez que existe uma fila única para os pacientes que esperam pelo transplante. Dentre estes mais de oito mil pacientes, 759 tem menos de 18 anos, e 667 são crianças com até 12 anos.
"Na última década o Brasil avançou bastante nesta área, pois houve um aumento de 107% no número de transplantes realizados. Mas, as filas por um órgão ainda precisam diminuir, pois muitos pacientes não resistem à espera, que em alguns casos pode se estender por anos. A intenção ao apresentarmos este projeto é fomentar a discussão desse assunto e sensibilizar as pessoas sobre importância da doação de órgãos", explica Paulo Igor.
A estatística do Ministério da Saúde mostra que no Estado do Rio, 3.862 pessoas esperam por um transplante de rim. Em segundo lugar estão os pacientes que esperam por uma doação de córnea - 3.566 pessoas, entre as quais 603 são crianças menores de 13 anos. Pacientes que esperam por um transplante de fígado totalizam 930, sendo 52 crianças. Os dados do Ministério da Saúde mostram que 19 pacientes esperam por transplante de pâncreas; oito por transplante de coração, e seis por transplante de pulmão.
O projeto apresentado pelo vereador reivindica que a Semana Municipal de Incentivo à Doação de órgãos seja incluída no calendário oficial do Município.A intenção é de que nesta semana sejam estimuladas atividade de promoção e apoio a doação de órgãos, inclusive com atividades nas faculdades e estabelecimentos de ensino dentro do município. A intenção com isso é sensibilizar a sociedade, dando apoio às campanhas de doação de órgãos", pontua Paulo Igor.
Existem dois tipos de doadores: o doador vivo, que pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. O segundo caso são pacientes internados em UTI com diagnóstico de morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou derrame cerebral. No Brasil, não é necessário que a pessoa que tem intenção de ser doadora, deixe qualquer manifestação por escrito, mas é fundamental que ela comunique esse desejo a família, pois em caso de morte encefálica (morte cerebral), a doação dos órgãos só pode ser feita após a autorização de parentes. Assim que um potencial doador é identificado, a entidade responsável pelos Transplantes - no caso de Petrópolis o Rio Transplantes - é acionada e envia uma equipe para conversar com a família do possível doador
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