sexta-feira, 27 de maio de 2011

BRUNA GASGON, UMA DAS PALESTRANTES MAIS REQUISITADAS DA ATUALIDADE, CONVIDA AS BELAS ADORMECIDAS A ACORDAR E A ASSUMIR O CONTROLE DE SUAS VIDAS

Durante séculos, as princesas de contos de fada foram impostas às meninas como modelos de comportamento. Nessas histórias fantasiosas a mulher sempre depende do amor, da coragem e da benevolência de algum homem para ser salva. Chapeuzinho Vermelho e sua avó deveram suas vidas a um valente caçador. Cinderela, maltratada pela madrasta e pelas irmãs invejosas, precisou que um príncipe lhe colocasse o sapatinho de cristal, se casasse com ela e a afastasse dos maus-tratos que sofria em casa. Branca de Neve foi resgatada da morte pelo beijo de um príncipe; a Bela Adormecida também foi salva dessa forma, mas não da morte, e sim de um sono que durou 100 anos! Isso mesmo: 100 anos dormindo, até que o encanto foi desfeito e ela pôde acordar e ser feliz. Todas essas heroínas viveram felizes para sempre.

Gerações de meninas cresceram acreditando nisso e aguardando o tal príncipe encantado para resgatá-las da solidão, da solteirice e da pobreza. E até hoje ainda é assim, está enraizado no inconsciente coletivo feminino. Isso acarretou séculos de sujeição da mulher ao homem e a completa repressão dos seus desejos, vontades e aspirações, sejam profissionais, físicas ou afetivas. Muitos homens, no fundo, continuam achando que
mulheres são inferiores, menos inteligentes que eles, e que, se usam roupas ousadas, estão “dando mole” e podem, portanto, ser molestadas.

O livro (Jardim dos Livros, R$ 24,90, 112 páginas), da autora Bruna Gasgon, é um verdadeiro despertador para as mulheres que permanecem “dormindo”, ou que querem acordar mas ainda têm medo, por culpa ou por diversas outras razões, de se aventurar a buscar sua felicidade e uma vida plena por conta própria—e não apenas graças ao amor ou à boa vontade de um homem —, este livro incrivelmente moderno, lúcido e bem-humorado foi escrito por uma mulher muito bem resolvida em todas as áreas, que, desprovida de qualquer viés feminista, sempre se sentiu inconformada pelo modo como as mulheres eram e são tratadas pelos homens na família, socialmente e no mercado de trabalho.

“Quando eu era pequena, não entendia por que meu pai não deixava minha mãe trabalhar, dirigir automóvel e sair com as amigas; não entendia por que eu e minha irmã tínhamos tratamento e educação totalmente diferentes de meu irmão; não entendia por que quando uma mulher se desquitava (não havia divórcio) ela era malvista, isolada por casais de amigos, e seus filhos eram discriminados na escola; não entendia por que eu
e minha irmã, se quiséssemos trabalhar, teríamos apenas duas opções: ser professora ou secretária; não entendia por que meu destino já estava traçado: casar aos 21 anos e ter três filhos. Quem disse que eu queria essa vida? Nossos pais decidiam quase tudo por nós.”

Hoje, apesar de tantas conquistas femininas, ainda há mulheres acorrentadas por preconceitos residuais ou por suas próprias culpas e conservadorismo. A proposta de Bruna Gasgon é que as mulheres acabem com isso, que se libertem do passado, olhem para frente e façam a diferença, deixando de se autossabotarem. Ou seja, que acordem. Que despertem para o exercício pleno da sua cidadania, que exijam dos homens respeito incondicional, que jamais tolerem agressão física, que nunca tenham vergonha de denunciar assédio e estupro; e que despertem também para o fato de que, não importa a sua idade, sempre é tempo de terminar um casamento ruim, de assumir sua real vontade, de viajar, mudar de profissão, atitudes, modo de vestir, e de parar de fazer o que não gosta só para agradar os outros.

Nascida na década de 50, Bruna constatou que as mulheres de gerações anteriores à sua viveram enclausuradas em regras e preconceitos ridículos, e as que ousaram ser diferentes conheceram o inferno. Mesmo as da sua geração e da seguinte ainda se policiam em muitas coisas que desejam fazer, açoitadas por medo e culpa.

“Se você nasceu entre os anos 50 e 70, vai entender perfeitamente tudo o que abordarei nesse livro, pois vivenciou os fatos. E se você é muito, muito jovem, vai saber como sua bisavó, sua avó e mesmo sua mãe sofreram e como algumas mulheres ainda ralam em busca de felicidade e acabam dessa forma abrindo caminho para que você faça suas próprias escolhas e se orgulhe delas. Se hoje, sem problema algum, você dorme com seu namorado em sua própria cama na casa de seus pais, é porque lá atrás alguma de nós estava sendo chamada de ‘menina fácil’.”

Estimulante e muito divertido, o livro de Bruna Gasgon aborda os seguintes temas, que continuam a causar polêmica:

A Bela Adormecida Acordou, para você, mulher, que assim como eu, atravessou do século XX para o XXI
Alguém ainda espera o Príncipe Encantado?
Trate bem o seu tesão
Para que serve o casamento?
O direito de não querer ter filhos
Mulheres que preferem mulheres
Nós, mulheres, tudo podemos porque somos livres

Sobre a Autora

Bruna Gasgon é autora do livro, destinado não só a vendedores, mas também aos profissionais de qualquer área que desejem aprimorar suas atividades e ser imbatíveis naquilo que fazem. Tem formação em Publicidade e Propaganda e também em Artes Cênicas. É Coach Executiva e Artística, Consultora em Comunicação e apresenta palestras, treinamentos, cursos e workshops sobre motivação, comunicação, vendas, relacionamento interpessoal, marketing pessoal, liderança, etiqueta empresarial, expressão verbal e atendimento ao cliente, em empresas de todo o Brasil. É professora dos Cursos de Extensão da faculdade Cásper Líbero e sócia-presidente de uma empresa de Consultoria, a Gasgon Comunicações Ltda. Tem entre seus clientes: Unimed, Telefonica, SBT, Petrobrás, Banco Itaú, Banco Votorantim, Caixa Econômica Federal, Correios, NET, TVA, Sony Pictures Television International, Ford, Fiat, Mercedes Benz, Anatel, Editora Globo, UNICEF, Siemens, Centro de Tecnologia Aeroespacial, entre outros. Atriz e diretora de teatro, vídeos e programas independentes de televisão, dos quais também é redatora e roteirista. Suas palestras têm um estilo dinâmico e teatral, que é o diferencial de seus trabalhos, os quais já apresentou nos programas de Hebe Camargo, Marília Gabriela, Jô Soares, Ronnie Von, Ana Hickmann, Olga Bongiovane, assim como nos telejornais da Rede Globo, Bandeirantes, Record e SBT. É colaboradora das principais revistas e jornais do país, como Veja, Isto é, Isto É Dinheiro, Você S.A, Vencer, Profissional & Negócios, Estadão, Gazeta Mercantil e Diário de São Paulo. Tem uma coluna aos domingos no Jornal de Jundiaí, e é autora dos livros: O Vendedor Imbatível, Vendas Cinematográficas, Gigantes da Liderança e a Bela Adormecida Acordou.

Um comentário:

  1. "e que despertem também para o fato de que, não importa a sua idade, sempre é tempo de terminar um casamento ruim, de assumir sua real vontade,"

    Curti, compartilhei!!

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