segunda-feira, 9 de maio de 2011

RESULTADOS DO CENSO 2010 PODEM TRAZER MUITOS PREJUÍZOS PARA A CIDADE

Apesar de muitas pessoas não enxergarem problemas nos números apresentados pelo IBGE a respeito de quantos cidadãos tem a cidade de Petrópolis e muitas outras verem nesta diminuição apenas o retrato de uma cidade que não oferece oportunidades, estes dados são muito mais importantes e podem trazer prejuízos de grande vulto para o município, como por exemplo: a redução na cota do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é repassado pelo Governo Federal.

No estado do Rio de Janeiro, onde a população total passou dos 15.180.636 habitantes, em pelo menos 10 municípios houve queda neste número. Petrópolis é um desses exemplos, se em 2000 tinha 286.537 habitantes, registrou uma queda de quase 9 mil habitantes a menos e hoje está com 277.816, segundo o IBGE.

Para o vereador Wagner Silva, PPS, que faz parte da Comissão Especial que vai verificar estas informações, os dados são conflitantes. “Há pouco tempo encerramos os trabalhos de uma CPI do setor de energia elétrica e encontramos algo em torno de 176 mil relógios de luz ligados e, por isso, não podemos acreditar que os números do Censo 2010 sejam o que anuncia o IBGE. Outro dado que chama a atenção desta Comissão é o de eleitores, que chega a 240 mil e se forem contabilizados a estes, os 80 mil jovens do ensino fundamental e médio, os números continuarão a apresentar incorreções. Por isso precisamos analisar estas incorreções e solicitarmos uma ação para que a cidade não venha a ser prejudicada como está acontecendo com outros municípios Brasil à fora”.

Niterói é mais um dos exemplos do Estado do Rio. Em 2000 registrou 459.451 habitantes, teve uma redução em 2010 para 441.078. Nova Iguaçu é outro exemplo com uma população que em 2000 estava acima dos 920 mil habitantes teve em 2010 o registro de 767.505.

Em Minas Gerais 10 cidades foram prejudicadas e deixarão de receber mais de R$ 6,6 milhões, de acordo com estimativas da Associação Mineira de Municípios. Entre elas está Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, que por conta de uma perda de aproximadamente R$ 2 milhões de reais por ano, já foram demitidos 215 funcionários e diversos investimentos nas áreas da saúde, por exemplo, estão prejudicados.

O mesmo está ocorrendo com a cidade de Bauru, no interior de São Paulo, onde o prefeito não acredita num crescimento de apenas 6,27%, abaixo da média do estado, que é de 7,8%. Já em Itatuba, cidade do agreste paraibano, o prefeito Renato Lacerda, PSDB, disse que a administração está sendo prejudicada com perdas de até R$ 110 mil reais por mês, devido a um levantamento mal elaborado pelo IBGE e não é justo que um município com mais de 10 mil habitantes seja tratado da mesma forma que outro com apenas dois mil habitantes.

“Os exemplos de contestação se espalham por todo o Brasil, por isso temos que agir rápido para não perdermos o prazo de 24 de novembro que é a data limite para apresentarmos as análises sobre os dados, ao IBGE para que este possa avaliar as informações e as possibilidades de alteração” encerra Wagner Silva, PPS.

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