quarta-feira, 8 de junho de 2011

VIVER COM SABEDORIA

Uns demoram para aprender; outros não aprendem nunca. Em geral, chegamos à maturidade com um certo equilíbrio; muita gente vive desequilibradamente mesmo. A vida é como andar na corda bamba: um pé aqui, outro ali, experimentamos isto, aquilo, entramos muito pelo cano, acertamos às vezes; uma porção de gente erra e persiste no erro. Os vícios abundam. A melhor definição de vício que conheço: Fazer algo que te prejudica, acaba com contigo, dá dor de cabeça e continuas fazendo. O prazer inicial nunca leva em conta os malefícios posteriores; malefícios que podem até resultar na morte. Mas, pior que isso, fazem com que a vida fique um inferno. Uma conhecida, jovem, saia para bebericar com as amigas; tomava uma latinha de cerveja, duas, três e só terminava na trigésima ou mais. Quase entrava em coma, tinha que ser levada para casa amparada pelas amigas, emborcava na cama e acordava no dia seguinte com uma baita dor de cabeça, vontade de vomitar, etc., uma enorme ressaca. Como era minha amiga, eu dizia para ela: “Veja bem, fulana, a primeira latinha de cerveja é gostosa, a segunda, mais ou menos, da terceira em diante, não sentimos mais o gosto, é vício puro, o ato de beber torna-se mecânico, automático... Pitombas! Trinta latinhas??!! Aliás, impressionante que o bebum bebe e tem ressaca, bebe e tem ressaca, bebe e tem ressaca e este círculo vicioso não acaba nunca... Fumar... como é que pode? Dá câncer, (Freud morreu disso) enfisema (não queiram ver como morre um enfisematoso em último grau) arteriopatias periféricas, infarto por coronariopatia, fedor na boca... Saiba que o fumo é uma das drogas mais viciantes. Não adianta colocar no maço de cigarros os avisos do Ministério da Saúde. Tem até a piada do sujeito que foi comprar um maço de cigarros e ao ver o aviso nas costas do maço que o fumo causava impotência, pediu para o balconista: “Ai, amigo, este aqui eu não quero... Não tem outro que só dê câncer?” Pois é, como é que pode... E tem de tudo: toma-se de tudo: cocaína, crack, êxtase, metanfetamina, morfina, etc, como se fossem balinhas inofensivas, como se não destruíssem o cérebro, o figado, os rins, o corpo e a alma. O mais engraçado ou trágico é que a pior das drogas é lícita e empregada de montão no mundo todo; a juventude a usa em excesso e de uma certa maneira é estimulada e elogiada por todos: O álcool. A quantidade de pessoas que morre todos os dias por causa do uso excessivo do álcool é inimaginável. Outros erigem o Deus dinheiro como Senhor absoluto de suas vidas; dão literalmente suas vidas por ele. Nunca estão satisfeitos, ficam feito o Tio Patinhas, que só se alegrava quando sua caixa forte estava repleta de moedas, grana, bufunfa, money, ouro e prata. A diferença é que o Tio Patinhas é personagem de estória em quadrinhos e gente é de carne e osso e não tem graça nenhuma viver obcecado por dinheiro, comendo dinheiro, cheirando dinheiro e tendo como objetivo único na vida ganhar mais e mais dinheiro... Afinal, as coisas mais bonitas e deliciosas na vida são de graça, é preciso apenas ter olhos para ver e coração para sentir. Um por de sol de verão; o sorriso da criança; um céu azul límpido; a brisa fresca numa tarde de verão; a primeira palavra dita pelo bebê; o primeiro beijo de amor; o olhar de amor da sua consorte; o carinho no seu rosto do homem apaixonado por você, mulher de sorte; o sol de inverno esquentando seu corpo no friozinho de inverno; um abraço apertado do seu melhor amigo; um elogio sincero; uma vitória conquistada a duras penas; dormir agarradinho com seu parceiro/a depois de uma transa gostosa; ter a consciência tranquila, dormindo na paz do Senhor. Mas, o melhor de tudo: Doar-se. Como padrão de vida plena, citamos Madre Tereza de Calcutá, que viveu por excelência doando-se aos seus irmãos, enfrentando dificuldades e vencendo-as todas, entregando seu coração, suas mãos e sua alma em prol dos mais necessitados, daqueles pobres mais pobres, do miserável mais miserável, do abandonado à própria sorte, do desamparado por todos. Em verdade, Deus emprestou suas mãos e seu coração amoroso à Madre Tereza, que cumpriu como ninguém o mandamento principal: Amar ao próximo como a si mesmo. Se alguém quiser alcançar o céu ainda aqui na terra e ser feliz de verdade, é fácil: faça como ela.


Médico Psicoterapeuta.

Site: http://www.hipnosemedica.hpw.com.br/

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