quarta-feira, 22 de junho de 2011

CPI DAS CHUVAS DA ALERJ VAI CONVOCAR NOVAMENTE O INEA

Instituto Estadual do Ambiente pode ser denunciado à justiça por omissão

A CPI das Chuvas da Alerj vai convocar a presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Marilene Ramos, para que o Inea explique porque passados 162 dias da tragédia de janeiro no Vale do Cuiabá, o Instituto ainda não determinou quais as áreas onde há risco iminente e as construção devem ser proibidas. A Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Assembléia Legislativa do Estado do Rio a partir do novo depoimento da presidente do Inea pode denunciar o Instituto à justiça por omissão. Mais de 50 famílias já estariam reformando e retornando aos imóveis em áreas de risco.

- A CPI foi instalada para apurar as reponsablidades públicas e políticas na tragédia de janeiro, mas os parlamentares que compõe a CPI querem ações pontuais que resguardem vidas. Não vamos deixar que os órgãos competentes esqueçam que são 73 mortos e 49 desaparecidos em janeiro nesta área", afirma Bernardo Rossi (PMDB).

O deputado estadual petropolitano já solicitou ao presidente da CPI, deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha ( PSDB), a nova convocação da presidente do Inea. O relatório de zoneamento vai apontar uma faixa de exclusão às margens dos rios Carvão, Cuiabá e Santo Antônio. Nestas áreas, que serão consideradas de preservação permanente (APPs), não serão permitidas novas construções e as já existentes serão demolidas.

O relatório estaria pronto desde o dia 31 de maio, mas não foi enviado à prefeitura como o Executivo alega. Já o Inea diz que aguarda a convocação de uma audiência pública com os moradores para explicar o zoneamento. "Essa definição é urgente, assim como todas as ações preventivas que se possar tomar", analisa.

- A imprensa tem denunciado diariamente o retorno das famílias às casas em locais condenados. Vamos anexar esse farto material aos documentos que estão sendo recolhidos pela CPI", afirma Bernardo Rossi.

Para o parlamentar, não basta apenas o Inea projetar em R$ 820 milhões a reconstrução ambiental da Região Serrana, com recursos que serão captados no governo federal se o básico não está pronto, sendo colocado em prática. "É praxe nessa época do ano, de seca, que tudo volte ao que era antes aguardando uma nova tragédia no Verão".

Nenhum comentário:

Postar um comentário