Associada a populações carentes onde há deficiência no saneamento básico, a Hepatite A também atinge população onde há melhor qualidade de vida e acesso à infraestrutura. A doença, contagiosa, causada por um vírus, é transmitida pelo contato fecal-oral. Assim, até alimentos não preparados corretamente expõem as pessoas ao contato com a doença que registra sete mil novos casos por ano no Brasil. Com um programa de vacinação contra a doença, o Estado do Rio pode afastar os 500 novos casos que contabiliza anualmente. O projeto de lei do deputado petropolitano Bernardo Rossi (PMDB) foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) nesta terça-feira, dia 17, e agora vai à sanção do governador Sérgio Cabral.
“O Estado do Rio investe hoje, por ano, em saneamento básico, R$ 560 milhões. Ao mesmo tempo em que abre essa grande frente de tratamento de esgoto e fornecimento de água de qualidade, é preciso a vacina para acabar com os novos casos da doença nos municípios fluminenses ", aponta Bernardo Rossi.
Disponível atualmente apenas na rede particular com doses custando entre R$ 100 e R$ 150, a vacinação em massa fará do Estado do Rio pioneiro na imunização. "A medicina preventiva é infinitamente mais barata. O governo federal analisa implantar a vacinação nas regiões Norte e Nordeste que são as de maior índice de contaminação, mas vale a pena instituir um programa próprio de imunização", defende Bernardo Rossi citando ainda que também estarão previstas campanhas de higiene correta no manuseio de alimentos.
No Brasil, entre 1990 e 2011 foram registrados 138.305 pessoas infectadas pela doença. Crianças menores de 13 anos representam o grupo mais acometido pela hepatite A e compreendem 75,6% dos casos notificados no país em um período de 13 anos a partir de 1999.
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