O "apagão" de três das quatro operadoras de telefonia celular que atuam em Petrópolis nesta quarta-feira, dia 04, foi levado à CPI da Telefonia Celular em curso na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Cerca de 100 mil usuários ficaram sem sinal por quase 12 horas e os prejuízos foram sentidos no comércio e prestadores de serviços para recebimentos por meio de cartões.
“O serviço é de qualidade ruim de forma geral. Na quarta-feira, a situação vivida foi ampliada porque o problema abrangeu três operadoras simultaneamente mas, constantemente os sinais são falhos e muitas vezes prolongados, sem qualquer explicação ao usuário", afirma Bernardo Rossi, membro da CPI que está anexando ao trabalho mais este episódio registrado na cidade. A situação foi relatada na reunião da CPI desta quinta-feira pela manhã.
O parlamentar petropolitano atenta para o fato de as operadoras de telefonia celular serem concessionárias de serviços públicos assim como as empresas distribuidoras da água e luz. "São serviços concedidos. "É preciso cumprir contratos, fornecer o que foi tratado com o governo e obedecer as regras", lembra Bernardo Rossi.
A CPI, instalada em junho, está ouvindo operadoras que atuam no Estado, sindicatos de trabalhadores dessas empresas e agentes públicos fiscalizadores. "A falta de investimentos em proporção ao número de linhas em atividade fica bem evidenciada. O serviço, em comparação a outros países, é bem deficiente", antecipa Bernardo Rossi.
As reclamações reunindo Procons de todo o país batem a casa de 160 mil registros anuais segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O número no entanto seria bem maior em função de consumidores que deixam de oficializar suas queixas. "São 267 milhões de telefones celulares no país e os investimento das empresas não têm atendido a este público", considera Bernardo Rossi.
A instalação CPI na Alerj atende a um pedido da União Nacional dos Legisladores Estaduais (Unale) que apelou para que todas as assembleias legislativas do país criassem suas CPIs em relação às operadoras de telefonia, já que a Câmara Federal não instituiu a sua. A Unale articula a sintonia entre todas as CPIs que foram instaladas em âmbito estadual para mobilização que pressione o Congresso a estabelecer um novo marco regulatório das telecomunicações no país, legislação já defasada.
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