A Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania - Setrac iniciou mesta sexta-feira, 15, a abordagem de moradores de rua. O trabalho foi realizado, entre o Bosque do Imperador, entorno do Terminal do Centro e uma equipe volante circulando pelo Centro Histórico. Os acolhidos foram encaminhados para o NIS – Núcleo de Integração Social, no Alto da Serra. Sem data para terminar, a operação irá se estender até ao quinto distrito e a expectativa é que funcione diariamente de 8h a meia-noite. A estimativa é que 60 pessoas, a maioria delas de fora da cidade, estejam vivendo nas ruas do município.
“A ação de abordagem é uma prioridade do governo municipal, no sentido de atender essas pessoas que estão à beira da exclusão social”, explica o secretário de Trabalho, Assistência Social e Cidadania, Jorge Maia. Segundo ele, com o trabalho será possível mostrar aos moradores de rua que no NIS serão bem atendidos e terão alimentação e medicamentos, por exemplo. “Será desenvolvido um forte trabalho social, que contará, inclusive, com a realização de oficinas culturais, artesanato, entre outras. A ideia é que as famílias também sejam incluídas”, explica. Atualmente, 26 pessoas estão abrigadas no NIS e todas são petropolitanas.
Para a diretora de Proteção Social Especial da Setrac, Rosane Cross, o maior desafio será reconquistar a confiança dos moradores de rua, pois eles foram deixados de lado, e o trabalho no NIS acabou desacreditado. “Eles chegavam lá, mas não tinham mais o atendimento ao qual estavam acostumados. Nosso sistema de acompanhamento está dentro da política nacional de assistência social”, disse.
Durante a ação, aqueles que foram identificados como naturais de outros municípios e estados receberam o mesmo atendimento. “Essas pessoas serão encaminhados para as cidades de origem. Para isso, entraremos em contato com o serviço social de cada região para garantir o retorno”, explica o secretário de Trabalho, Assistência Social e Cidadania.
Outra medida que poderá ser tomada, segundo Jorge Maria, será o encaminhamento ao Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS. A necessidade será diagnosticada pelos profissionais do
Departamento de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, que também participaram da ação. “Alguns moradores de rua já possuem um histórico de distúrbios e deixaram, inclusive, de tomar os seus remédios. Se houver necessidade, serão encaminhados ao CAPS ou, nos casos mais graves, serão acolhidos num leito por 72 horas”.
Para a ação, foi necessária a realização de um levantamento para identificar os pontos mais vulneráveis do Centro Histórico, por isso, o trabalho deve ser iniciado pelos arredores do Terminal do Centro. Ao todo, dez profissionais devem ser mobilizados.
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