quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

REGIÃO SERRANA ABRIU 1.846 NOVOS EMPREGOS EM 2012

Municípios da Região Serrana (Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Sapucaia e Três Rios) geraram no ano passado 1.846 novos empregos formais. Os dados são da nota técnica “Mercado Formal de Trabalho Fluminense – Resultados 2012”, divulgada na última semana pela FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). Segundo o documento, o setor que mais impulsionou o resultado foi o de Construção Civil, que gerou 72% mais postos de trabalho, em comparação com dados de 2011.

Acompanhando o desempenho nacional - no Brasil, foram gerados 868.241 novos postos de trabalho, o que representa queda de 44,6% em relação a 2011 e o menor resultado desde 2003 – os números de geração de empregos na Região Serrana mostram desaceleração da atividade econômica. Entre 2011 e 2012 o número de novos postos de trabalho caiu 67% (de +5.592 em 2011 para +1.846 em 2012). O Estado do Rio, embora acompanhe o movimento, superou o desempenho nacional, gerando no ano passado 105.653 novos empregos formais. Em relação a 2011, a queda foi de 37,2%. Nos últimos 10 anos, o resultado só supera as marcas de 2009 (+88.875) e de 2003 (+58.547).

Segundo dados da FIRJAN, apenas o setor de Construção Civil registrou saldo de contratações maior do que em 2011 (+466 contra +271), especialmente em Petrópolis. Em todos os demais setores o número de contratações diminuiu: Comércio (+957 em 2012 contra +1.181 em 2011), principalmente no comércio varejista de produtos alimentícios de Petrópolis; Serviços (+1.098 contra +2.771) e Indústria de Transformação (+1.270 em 2011 e -608 em 2012).

Dos segmentos da Indústria da Transformação, apenas a indústria mecânica apresentou número de contratações superior ao de 2011 (+52 contra -23). A indústria metalúrgica teve leve queda (+244 em 2012 contra +305 em 2011), mas manteve o ostod e principal empregadora da região, impulsionada principalmente pela atividade de fabricação de obras de caldeiraria pesada em Paraíba do Sul.

Na maioria dos demais setores, o saldo de contratações ficou negativo em 2012: Têxtil e vestuário (-636 contra -204 em 2011), principalmente em Comendador Levy Gasparian (-223 em 2012 contra +23 em 2011) e Petrópolis, com destaque para a área de fiação e preparação de fibras de algodão (-137 em 2012 contra -77 em 2011); Borracha, fumo, couros, peles e similares (-165 em 2012 contra +163 em 2011), puxado pela queda no número de novos postos de trabalho gerados na área de artefatos de borracha em Paraíba do Sul (+31 contra +239 em 2011); e Material de transporte (-57 em 2012 contra +256 em 2011), que teve forte influência do saldo menor de vagas geradas na área de fabricação de locomotivas e vagões em Três Rios (-87 em 2012 contra +157 em 2011).

Capital foi a maior geradora de empregos do Estado

A Capital foi a maior geradora de empregos em 2012 (+63.072), seguida da região Leste (+16.639). Na indústria geral fluminense, foram gerados 15.310 novos postos de trabalho em 2012. O número é inferior ao de 2011 (+19.866), mas manteve-se próximo da média dos últimos dez anos (+16 mil). Nos três subsetores da indústria também houve redução no ritmo das contratações. Na indústria extrativa, o saldo caiu pela metade, passando de +2.699 em 2011 para +1.367 em 2012, ao passo que na indústria de transformação a desaceleração foi proporcionalmente menos intensa, de +15.158 para +11.849.

“Importante ressaltar que a desaceleração de 22% nas contratações da indústria de transformação fluminense foi muito menos intensa do que a registrada pela indústria nacional, onde houve redução de 81% no saldo de contratações na passagem anual”, ressalta o gerente de Estudos Econômicos do Sistema FIRJAN, Guilherme Mercês. Já os Serviços Indus triais de Utilidade Pública (SIUP) mantiveram em 2012 as contratações em patamar semelhante ao do ano anterior.

O setor de Serviços manteve-se como principal contratante em 2012, com 51.523 novos postos de trabalho. Porém, o resultado representou um recuo de 40% frente a 2011, quando o saldo foi de +85.275. Os segmentos de transporte e de serviços às empresas explicam grande parte desse movimento, o que confirma a redução da atividade econômica no Brasil e no estado do Rio. No Comércio, o saldo de +18.229 empregos não só foi inferior ao de 2011 (+31.576) como à média dos últimos dez anos (+29 mil empregos), refletindo a redução das contratações na grande maioria dos segmentos varejistas.

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