Municípios da Região Serrana (Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Sapucaia e Três Rios) geraram no ano passado 1.846 novos empregos formais. Os dados são da nota técnica “Mercado Formal de Trabalho Fluminense – Resultados 2012”, divulgada na última semana pela FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). Segundo o documento, o setor que mais impulsionou o resultado foi o de Construção Civil, que gerou 72% mais postos de trabalho, em comparação com dados de 2011.
Acompanhando o desempenho nacional - no Brasil, foram gerados 868.241 novos postos de trabalho, o que representa queda de 44,6% em relação a 2011 e o menor resultado desde 2003 – os números de geração de empregos na Região Serrana mostram desaceleração da atividade econômica. Entre 2011 e 2012 o número de novos postos de trabalho caiu 67% (de +5.592 em 2011 para +1.846 em 2012). O Estado do Rio, embora acompanhe o movimento, superou o desempenho nacional, gerando no ano passado 105.653 novos empregos formais. Em relação a 2011, a queda foi de 37,2%. Nos últimos 10 anos, o resultado só supera as marcas de 2009 (+88.875) e de 2003 (+58.547).
Segundo dados da FIRJAN, apenas o setor de Construção Civil registrou saldo de contratações maior do que em 2011 (+466 contra +271), especialmente em Petrópolis. Em todos os demais setores o número de contratações diminuiu: Comércio (+957 em 2012 contra +1.181 em 2011), principalmente no comércio varejista de produtos alimentícios de Petrópolis; Serviços (+1.098 contra +2.771) e Indústria de Transformação (+1.270 em 2011 e -608 em 2012).
Dos segmentos da Indústria da Transformação, apenas a indústria mecânica apresentou número de contratações superior ao de 2011 (+52 contra -23). A indústria metalúrgica teve leve queda (+244 em 2012 contra +305 em 2011), mas manteve o ostod e principal empregadora da região, impulsionada principalmente pela atividade de fabricação de obras de caldeiraria pesada em Paraíba do Sul.
Na maioria dos demais setores, o saldo de contratações ficou negativo em 2012: Têxtil e vestuário (-636 contra -204 em 2011), principalmente em Comendador Levy Gasparian (-223 em 2012 contra +23 em 2011) e Petrópolis, com destaque para a área de fiação e preparação de fibras de algodão (-137 em 2012 contra -77 em 2011); Borracha, fumo, couros, peles e similares (-165 em 2012 contra +163 em 2011), puxado pela queda no número de novos postos de trabalho gerados na área de artefatos de borracha em Paraíba do Sul (+31 contra +239 em 2011); e Material de transporte (-57 em 2012 contra +256 em 2011), que teve forte influência do saldo menor de vagas geradas na área de fabricação de locomotivas e vagões em Três Rios (-87 em 2012 contra +157 em 2011).
Capital foi a maior geradora de empregos do Estado
A Capital foi a maior geradora de empregos em 2012 (+63.072), seguida da região Leste (+16.639). Na indústria geral fluminense, foram gerados 15.310 novos postos de trabalho em 2012. O número é inferior ao de 2011 (+19.866), mas manteve-se próximo da média dos últimos dez anos (+16 mil). Nos três subsetores da indústria também houve redução no ritmo das contratações. Na indústria extrativa, o saldo caiu pela metade, passando de +2.699 em 2011 para +1.367 em 2012, ao passo que na indústria de transformação a desaceleração foi proporcionalmente menos intensa, de +15.158 para +11.849.
“Importante ressaltar que a desaceleração de 22% nas contratações da indústria de transformação fluminense foi muito menos intensa do que a registrada pela indústria nacional, onde houve redução de 81% no saldo de contratações na passagem anual”, ressalta o gerente de Estudos Econômicos do Sistema FIRJAN, Guilherme Mercês. Já os Serviços Indus triais de Utilidade Pública (SIUP) mantiveram em 2012 as contratações em patamar semelhante ao do ano anterior.
O setor de Serviços manteve-se como principal contratante em 2012, com 51.523 novos postos de trabalho. Porém, o resultado representou um recuo de 40% frente a 2011, quando o saldo foi de +85.275. Os segmentos de transporte e de serviços às empresas explicam grande parte desse movimento, o que confirma a redução da atividade econômica no Brasil e no estado do Rio. No Comércio, o saldo de +18.229 empregos não só foi inferior ao de 2011 (+31.576) como à média dos últimos dez anos (+29 mil empregos), refletindo a redução das contratações na grande maioria dos segmentos varejistas.
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