O trabalho desenvolvido no município e o cumprimento da legislação que regulamenta o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) receberam elogios das pesquisadoras e professoras do Centro de Estudos de Segurança Alimentar da Universidade Reyrson (no Canadá), Célia Rocha e Andrea Moraes. Elas estiveram esta semana em Petrópolis visitando agricultores e uma escola que usa produtos da agricultura familiar na alimentação dos alunos. “Foi uma surpresa neste primeiro encontro com a equipe de Petrópolis, saber que o PNAE está tão integrado à agricultura familiar. Poucos municípios cumprem a meta de 30% e Petrópolis faz parte deste grupo”, ressaltou a pesquisadora, em referência à proposta do PNAE de que pelo menos esta porcentagem dos recursosfederais para a compra de alimentos seja usada com produtos da agricultura familiar.
A equipe visitou o Sindicato de Agricultura Familiar (Apherj) localizado no Horto de Itaipava; uma horta na localidade de Mata Porcos (em Araras) que fornece merenda para a rede escolar e a Escola Municipal Odete Young Monteiro (no Bonfim). “Ficamos encantadas com o trabalho. O sindicato é bem organizado, a horta é maravilhosa e a escola é muito bem dirigida pela diretora”, disse Andrea Moraes.
A visita das pesquisadoras é o primeiro passo para o desenvolvimento de projetos e ações entre a Prefeitura e a Universidade Reyrson. “Aqui o PNAE está funcionando de uma forma diferente dos outros municípios que visitamos. Por isso houve este interesse extra de saber os motivos pelos quais o PNAE funciona tão bem em Petrópolis. Queremos saber quais foram as ações para que o programa funcionasse”, ressaltou Andrea.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar foi implantado em 1955 pelo governo federal. Ele tem como finalidade garantir, por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas e filantrópicas. Seu objetivo é atender as necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência em sala de aula, contribuindo para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes, bem como promover a formação de hábitos alimentares saudáveis.
Em julho, o prefeito Rubens Bomtempo também anunciou um novo projeto para a merenda escolar. A intenção é priorizar as compras governamentais da Educação com produtos orgânicos. O projeto foi anunciado durante um encontro com produtores rurais e moradores do Brejal, em reunião realizada no Galpão do Produtor Rural Orgânico, na própria comunidade.
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