quinta-feira, 8 de agosto de 2013

ESPECIALISTAS ALERTAM QUE MULHERES QUE JÁ PASSARAM POR CIRUGIA DE RETIRADA DA MAMA PODEM AMAMENTAR

Na Semana de Amamentação é importante ressaltar a importância desse ato de amor, mesmo quando a mãe já tenha passado por um câncer de mama

Desde que o câncer esteja curado e a mãe não esteja em uso de qualquer tratamento complementar é possível que ela amamente seu filho. Afinal, o leite materno é fundamental, pois passa, além das qualidades alimentares, fatores de defesa imunológica que o bebê não secreta. Considerado o alimento mais completo e rico para o bebê, é composto por todas as proteínas, vitaminas, gorduras, água e outras necessárias para o seu completo desenvolvimento. O leite contém ainda anticorpos e glóbulos brancos, essenciais para proteger contra doenças.

Para a mãe também traz muitas vantagens tais como queima calorias facilitando que ela volte ao seu peso normal, auxilia para que o útero volte rapidamente ao seu tamanho normal, protege da osteoporose, do cancro da mama e do ovário. A amamentação também contribui para o desenvolvimento emocional do bebê, promovendo uma forte ligação emocional com a mãe, através da segurança e carinho. O próprio ato de mamar promove uma melhor flexibilidade na articulação das estruturas que participam da fala e estimula também o padrão respiratório do bebê.

A mãe, mesmo com câncer de mama, pode amamentar, parando apenas, caso seu diagnóstico seja feito durante a amamentação, já que os remédios utilizados na radio e na quimioterapia podem passar para o leite alterando seu DNA. “Neste caso é necessário fazer a interrupção imediatamente. A radiação pode ser passada para o leite, portanto, durante o tratamento radioterápico, a amamentação é suspensa”, afirma a médica oncologista Dra. Carla Ismael, sócia no Centro de Terapia Oncológica (CTO) e presidente da Sociedade Franco Brasileira de Oncologia (SFBO).

Após o tratamento do câncer a maior parte das mulheres toma um medicamento durante cinco anos chamado Tamoxifeno, não podendo amamentar durante esse período. Mães que já tiverem câncer de mama e engravidaram após o término do tratamento podem amamentar, desde que não existam nenhum sinal de câncer por meio dos exames de imagem e laboratoriais.

Dra. Carla explica ainda que a mama, mesmo tendo passado por radioterapia ainda é capaz de produzir leite. “Apenas não teriam leite se a Radioterapia fosse feita no cérebro ou em órgãos reprodutores, como o ovário. Vale ressaltar que mulheres que passaram por mastectomia, podem amamentar com a outra mama naturalmente, assim como as que fizeram quadrantectomia”.

A amamentação, além de todos os benefícios para a saúde do bebê, ainda possui mais uma vantagem para as mulheres: quem amamenta reduz o risco de desenvolver câncer de mama, pois produz o leite de forma continuada. Quem não amamenta, se comparado a uma mulher da mesma idade que amamentou, tem chances maiores de desenvolver a doença. “Amamentar e bom e auxilia na prevenção, diminuindo as possibilidades de se ter câncer de mama, porém por mais de 2 anos não é bom, o risco de câncer aumenta, devido ao aumento do nível do hormônio prolactina por muitos anos”, afirma a médica.

Mais informações sobre amamentação e câncer de mama podem ser obtidas na sede do CTO – Centro de Terapia Oncológica localizada à Rua Dr. Sá Earp, 309 - Centro – Petrópolis/ RJ, através do telefone (24) 2244-2005 ou ainda do site www.ctopetropolis.com.br.

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