Com sete mil novos casos registrados por ano no Brasil, a hepatite A terá no estado do Rio um programa de vacinação. Hoje, a vacina contra a doença não está ainda disponível pelo SUS. O programa foi proposto na forma de projeto de lei pelo deputado petropolitano Bernardo Rossi (PMDB). Em primeira discussão, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o projeto de lei 1.706/12 foi aprovado nesta quarta-feira, dia 06, e volta em segunda discussão ao plenário seguindo para sanção do governador Sergio Cabral.
No Estado do Rio, a média é de 500 novos casos por ano. No Brasil, entre 1990 e 2011 foram registradas 138.305 pessoas infectadas pela doença. Ligada à deficiência em saneamento básico, a Hepatite A, está presente entre todas as classes sociais, independente do acesso a uma melhor infraestrutura. "De acordo com o Ministério da Saúde, o índice de infecção no Brasil chega a 95% nas populações mais pobres e a 20% nas populações de classe média e alta, ou seja, a contaminação está presente mesmo entre a população que tem mais acesso a melhores condições de vida", cita Bernardo Rossi, justificando a proteção. Ao mesmo tempo, o programa estabelece uma campanha de prevenção focada em higiene, principalmente no manuseio de alimentos.
“O Estado do Rio investe hoje, por ano, em saneamento básico, R$ 560 milhões. Ao mesmo tempo em que abre essa grande frente de tratamento de esgoto e fornecimento de água de qualidade, é preciso a vacina para acabar com os novos casos da doença nos municípios fluminenses ", aponta Bernardo Rossi. Crianças menores de 13 anos representam o grupo mais acometido pela hepatite A e compreendem 75,6% dos casos notificados no país, de 1999 a 2011.
A doença, contagiosa, é causada pelo vírus A (VHA) e sua transmissão ocorre pela via fecal-oral, sendo as fezes a via básica de contaminação da água, de alimentos e de tudo que possa ser infectante por via oral. Hoje, a vacina contra a Hepatite A está disponível apenas na rede particular e a dose custa entre R$ 100 e R$ 150. "O governo federal estuda a vacinação em função do maior número de casos nas regiões Norte e Nordeste, mas queremos que o Estado do Rio, ofereça logo a imunização. A prevenção ainda continua sendo a melhor solução no caso de doenças onde está medida seja possível", completa Bernardo Rossi.
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