quinta-feira, 21 de novembro de 2013

PESQUISADOR CANADENSE FAZ PALESTRA SOBRE PROFISSIONALIZAÇÃO DO ENSINO

Um dos mais renomados pesquisadores sobre o saber docente e a profissionalização do ensino, o canadense Maurice Tardif esteve em visita à Universidade Católica de Petrópolis e ministrou palestra na última terça-feira, dia 19, sobre o trabalho dos docentes na sociedade. Tardif é professor titular da Universidade de Montreal, onde dirige o mais importante centro de pesquisa canadense sobre profissão docente. Filósofo e sociólogo de formação, seus trabalhos são traduzidos e publicados em vários países. Ele também participa de várias pesquisas no Brasil em intercâmbio com universidades brasileiras e seu encontro na UCP trouxe a oportunidade de trocar experiências com alunos dos cursos de Mestrado e Doutorado em Educação, a maioria professores.

“Estamos hoje em um momento muito especial para a UCP ao receber o pesquisador Maurice Tardif. Nós, que já lemos muitos de seus livros, temos hoje a oportunidade de discutir com o próprio autor as questões centrais de suas pesquisas”, disse a pró-reitora acadêmica Regina Máximo, ao dar as boas-vindas ao palestrante, junto da professora doutora Menga Ludke, do Mestrado e Doutorado da UCP, que fez o convite ao pesquisador.

Professor Maurice fez um registro histórico sobre a evolução da profissionalização docente, principalmente nos últimos 30 anos. Entre os desafios encontrados para a atual formação docente no ensino superior, o pesquisador cita a necessidade de avanços na pesquisa, além de uma maior proximidade com as escolas. “O conhecimento científico pode ter um grande impacto no ensino nas universidades. É preciso fazer uma ligação maior entre teoria e prática”, avalia Tardif, que reconhece o esforço que organismos brasileiros, como a Capes e o CNPq, realizam para avançar nas pesquisas na área docente. “Hoje as publicações internacionais são muito valorizadas pelo MEC”, completou. Porém, reconhece que muitos docentes acabam não tendo acesso a estes conteúdos considerados muito específicos. Quanto ao uso das tecnologias no ensino, Tardif atenta que o impacto maior se encontra no ensino superior. “No ensino fundamental, ainda é preciso que as crianças interajam mais com os adultos e aí as tecnologias não substituem os educadores”, concluiu.

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