A Comissão Especial da Câmara Municipal que acompanha a reconstrução do Vale do Cuiabá após as chuvas de 2011 passou a realizar reuniões setoriais no mês de novembro. A primeira foi realizada na última terça-feira para discutir a questão da construção das casas para as vítimas do desastre. A reunião contou com a presença dos secretários de habitação Rodrigo Seabra, de Assistência Social Jorge Maia, o Bolão e de Defesa Civil Rafael Simão. Também estiveram presentes os vereadores Silmar Fortes (PMDB) e Osvaldo do Vale (PSB).
Segundo Rafael Pimentel, representante da Secretaria de Obras do Estado do Rio de Janeiro (SEOBRAS), “a previsão de entrega das 50 casas do Estado no terreno conhecido como 'da Firjan' é até o feriado da próxima semana. O esgoto já foi instalado e testado, faltando apenas as ligações da Águas do Imperador e da Ampla”. As famílias que ocuparão as casas foram escolhidas segundo critérios do INEA, de acordo com os cadastros realizados após a tragédia.
O vereador Silmar, presidente da Comissão das Chuvas, compartilhou com os demais presentes um balanço sobre o Programa Minha Casa Minha Vida na região do Cuiabá feito por José Beraldo Soares, Subsecretário Extraordinário da Região Serrana, também da SEOBRAS. Segundo a nota da Secretaria, “Infelizmente, não tivemos sucesso no Minha Casa, Minha Vida em Petrópolis. Para o terreno chamado Cuiabá 1, realizamos o chamamento público, que foi vencido pela empresa Building, porém a empresa não teve a análise de risco aprovada pela Caixa. Já para o terreno de Benfica, a empresa Arte a Metro desistiu logo após a homologação do resultado. Já o projeto da Mosela, solução para aqueles que não querem mais morar no Cuiabá, teve o chamamento vencido pela Arte a Metro e teve o projeto aprovado pela Caixa. No entanto, em 24 de outubro a empresa desistiu”.
Segundo o secretário de habitação do município, Rodrigo Seabra, os projetos da empresa desistente eram inviáveis, porque a empresa queria testar uma nova tecnologia nesses empreendimentos, o que tornou o preço do projeto acima do valor pago pela Caixa. Segundo Seabra, “a prefeitura municipal solicitou esses processos, que já estavam até arquivados, para reiniciar os projetos. Será realizado novo chamamento e a Prefeitura ficará a frente desse processo”.
Na próxima semana, os membros da Comissão das Chuvas da Câmara participarão de uma audiência pública organizada pela Assembleia Legislativa do Estado para discutir os atrasos das construções das casas populares e das pontes e encostas da região serrana. A audiência foi convocada pelo deputado Nilton Salomão, presidente da Comissão de Política Urbana, Habitação e Assuntos Fundiários da ALERJ.
No dia 10 de dezembro, a Câmara Municipal realiza audiência pública para que os envolvidos da reconstrução do Cuiabá apresentem seus resultados e prestem contas à sociedade. “São quase três anos que não conseguimos diagnosticar nem mesmo o número de famílias cadastradas e a opção de cada família. Esperamos apresentar uma resposta nessa audiência pública”, declarou o vereador Silmar.
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