terça-feira, 12 de novembro de 2013

13 DE NOVEMBRO: DIA DO MAU HUMOR

Estressados de plantão, cuidado! Além de um forte traço de personalidade, o mau humor pode ser um forte sintoma de doenças.

Não se sabe quando a data foi estipulada, mas boatos dizem que o dia foi criado para ironizar o Dia Internacional da Gentileza ou “World Kindness Movement”, quando foi estabelecida durante uma conferência entre profissionais de diversos países, em 1996, em Tóquio e cujo objetivo é despertar a atenção das pessoas para a importância de atitudes gentis na construção de um mundo mais amável e justo. Atitudes como desejar que as pessoas tenham um bom dia, oferecer água ou café, abrir a porta para alguém passar ou até mesmo pegar algum objeto caído no chão são demonstrações de gentileza. Verdade ou não, o fato é que mau humor não tem dia nem hora para aparecer.

De acordo com a psicóloga Cristina Volker, que faz parte do corpo clínico do CTO – Centro de Terapia Oncológica, o mau humor se torna um problema quando começa a afetar a vida das pessoas no trabalho, nas relações pessoais, podendo gerar afastamento dos colegas, como também interferindo na produtividade. “Quando o mau humor é ocasional e o indivíduo não tem essa característica como forma de ser na sua vida, dizemos que ele está “mau humorado”, ele não é mau humorado, portanto essa situação como um transtorno ou doença, e sim um estado momentâneo do indivíduo”, afirma.

Fatores externos e temporários, como uma noite de insônia, um congestionamento ou desentendimento com alguém é considerado um mau humor “normal”. Que pode durar pouco tempo, minutos, horas, mas raramente dias e não traz maiores prejuízo à pessoa. Quando passa a ser patológico, é classificado como distimia, reconhecido pela medicina desde os anos 80. “É uma forma crônica de depressão com sintomas mais leves. A diferença é que a depressão grave torna a pessoa apática e a distimia faz com que o doente só veja o lado negativo de tudo. Nas mulheres, as chances de distimia dobram por causa da variação hormonal do organismo feminino”, explica à psicóloga.

O distímico não sente prazer e nem alegria. Mesmo diante de um momento de felicidade, ele consegue achar pontos negativos de futuras consequências. A diferença entre o mau humor grave e o resto dos mau humorados é que os últimos reclamam de um problema, mas param diante da solução. Quando se fala em saúde física, o estresse é capaz de influenciar o sistema imunológico do ser humano. Pesquisas vêm se dedicando em uma parte bastante nova da medicina que é a psiconeuroimunologia, o estudo da maneira pela qual as emoções influem no sistema imunológico das pessoas.

Para ter um organismo equilibrado é necessário que os sistemas nervoso, imune e endócrino estejam em perfeita harmonia com a mente. A comunicação entre esses três sistemas é feita através das substâncias químicas geradas por eles, como os hormônios, os neurotransmissores e as citoquinas. Segundo as descobertas, as situações estressantes do dia a dia podem gerar sentimentos negativos de cólera, raiva, depressão, tristeza e falta de esperança.

Para Cristina Volker, apesar de existirem diversos estudos demonstrando que determinados traços de personalidades são mais suscetíveis a determinadas patologias, ainda é muito perigoso afirmar que um sentimento leva a determinada doença. “Acontecimentos significativos em nossos dia-a-dia, agradáveis, ou desagradáveis, podem nos tornar vulneráveis ou mais predispostos a contrair certos tipos de doenças. Há pessoas ditas resilientes que enfrentam com maior facilidade as adversidades da vida, outras necessitam de mais suportes. As condições que interferem nos estados de saúde e doença dependem de inúmeros fatores como a hereditariedade, a constituição física e emocional, o tipo de personalidade, as condições ambientais e o estilo de vida adotado por cada um”.

Pesquisas sobre origem, desenvolvimento e evolução clínica das enfermidades físicas, emocionais e/ou psicossomáticas têm descrito tipos de personalidades que predispõe candidatos a contraírem certas enfermidades como, por exemplo, cardiopatias e certos tipos de câncer. As primeiras são chamadas de personalidade – Tipo A, e para as segundas, Tipo C. Isto não significa, necessariamente, que todas as pessoas que se enquadrarem nestes tipos de personalidade irão desenvolver os respectivos sintomas, mas vão estar mais propensas a contrair tais doenças.

A psicóloga destaca ainda, que podem existir pessoas enquadradas num terceiro grupo de personalidade como sendo do Tipo B. “Nestas se enquadrariam pessoas mais resistentes ao estresse, menos ansiosas, mais otimistas, que se relacionam bem consigo próprias e com os outros, controladas, pouco exigentes e que sabem conciliar trabalho e lazer”.

É possível reduzir o mau humor através da alimentação com o aumento do consumo de alimentos ricos em serotonina, que é um neurotransmissor que atua no cérebro regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade a dor, movimentos e as funções intelectuais. Em baixa concentração, pode intensificar o mau humor, aumentando as dificuldades para dormir e vontade de comer o tempo todo, por exemplo. “Uma das formas de aumentar a concentração de serotonina na corrente sanguínea é consumindo alimentos ricos em triptofano, como chocolate preto, leite e seus derivados, carnes magras, banana, entre outros alimentos”, indica Cristina.

O mau humor patológico não precisa ser eterno. “Poucos sabem que a distimia pode ser tratada com a ajuda de medicamentos antidepressivos associados à terapia, cuja base é a psicologia cognitiva”, conclui a psicóloga.

Mais informações podem ser obtidas na sede do CTO – Centro de Terapia Oncológica localizada à Rua Dr. Sá Earp, 309 - Centro – Petrópolis/ RJ, através do telefone (24) 2244-2005 ou ainda do site www.ctopetropolis.com.br.

10 DOENÇAS QUE PODEM CAUSAR RAIVA E MAU HUMOR

1. Hipertiroidismo
Uma das doenças mais comuns que têm a raiva como uma das condições é o hipertiroidismo, explicado quando a glândula tireoide trabalha além do necessário produzindo mais hormônio. Gritar com as crianças, com o marido e com os colegas de trabalho pode ser uma reação a esta doença, que afeta uma em cada 100 mulheres no Reino Unido. A presença do excesso de hormônio pelo sangue afeta as atividades do cérebro e, além da irritabilidade, outros sintomas podem ser também a perda de peso, tremores e excesso de suor. O tratamento é feito com medicações que combatem a superprodução do hormônio.

2. Colesterol alto
Em torno de sete milhões de britânicos tomam remédios para reduzir os níveis de colesterol no sangue e evitar doenças cardíacas. No entanto, uma das reações deste tratamento pode ser o mau humor. Um estudo feito na University of California, nos Estados Unidos, avaliou que seis pacientes que sofriam de irritabilidade excessiva melhoraram após largar estes medicamentos. Baixos níveis de serotonina no corpo são associados também à depressão e ao aumento do risco de suicídio. Como o uso dos medicamentos é inevitável, a melhor maneira é abaixar os níveis de colesterol devagar, por isso rever com o médico as dosagens dos remédios pode ajudar a controlar a raiva.

3. Diabetes
O baixo nível de açúcar no sangue pode causar súbitas explosões de raiva. A hipoglicemia, estado determinado por níveis de glicose inferiores ao normal, pode acontecer em pessoas que apresentam diabetes tipos 1 e 2. Quando acontece, ela afeta o cérebro e todo o corpo, causando um desbalanceamento dos componentes químicos, incluindo a serotonina. Em minutos, pode provocar agressividade, raiva, confusão, inquietação e ataques de pânico. O melhor tratamento indicado é comer ou beber alguma coisa que contenha glicose assim que possível e, provavelmente, voltará a se sentir bem em 20 minutos.

4. Depressão
A depressão não é expressada apenas pela tristeza, mas também, pela irritabilidade. Estas características são apontadas particularmente nos homens, pois eles experimentam menos os sentimentos de falta de esperança e descontentamento com si mesmos do que as mulheres. Como a depressão também é relacionada aos níveis de serotonina no corpo, o tratamento envolve antidepressivos ou terapias alternativas, para tentar afastar os pensamentos negativos.

5. Alzheimer
De acordo com que a doença vai avançando, novos distúrbios de comportamento e situações psicológicas aparecem em 90% dos pacientes. Entre estes sintomas, está a agressividade. Esta doença afeta, entre outros locais do cérebro, o lobo frontal, área responsável pela personalidade.

6. Inflamações no fígado
Desde a medicina antiga, o fígado foi relacionado às emoções e ao excesso de raiva. Doenças que afetam o órgão, como a cirrose e a hepatite, podem se agravar e desencadear um distúrbio chamado encefalopatia hepática. Esta condição pode gerar distúrbios de personalidade, incluindo comportamento rude e agressividade.

7. Epilepsia
Alguns pacientes têm picos de raiva após convulsões, sintoma que pode durar de poucos minutos até dias. Nestes casos, usar medicamentos específicos é a melhor solução.

8. Tensão Pré-Menstrual (TPM)
As mulheres sempre passam por "aqueles dias do mês" em que as emoções ficam, muitas vezes, incontroláveis, com picos de raiva e depressão, mas há uma explicação para isso. A síndrome pré-menstrual acontece quando os níveis dos hormônios, como estrógeno e progesterona, caem no fim do ciclo menstrual, geralmente na semana antes da menstruação. O mesmo processo pode acontecer também na menopausa, também devido a queda do estrógeno.

9. Insônia
Dormir mal é uma das causas gerais de distúrbios de comportamento, mas alguns remédios usados para tratamento de insônia podem ativar uma agressividade excessiva. As benzodiazepinas, que às vezes são prescritas também para controle de ansiedade, trabalham na desaceleração das funções cerebrais e, mesmo afetando 1% dos usuários, pode transformar personalidades já com características de irritabilidade ainda mais agressivas. Trocar o medicamento é a melhor solução.

10. Acidente Vascular Cerebral
Perder a cabeça pode ser comum após ter um acidente vascular cerebral. O derrame acontece quando o fornecimento de sangue é interrompido causando a morte das células cerebrais.

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