Índice pode ser aplicado nas contas residenciais e empresariais a partir de Junho
Líder do PMDB na Assembleia Legislativa, o deputado Bernardo Rossi está oficiando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), reguladora e fiscalizadora das concessões de energia elétrica no país, pedindo a revisão de reajustes nas tarifas da Ampla, que atende a 2,6 milhões de unidades em 66 municípios fluminenses entre ligações comerciais e empresariais. O parlamentar também solicitou uma audiência conjunta e em caráter emergencial a ser promovida pelas comissões de Minas e Energia e de Defesa do Consumidor da Alerj. O questionamento também será reforçado pela bancada do PMDB na Câmara Federal e foi motivado pelo anúncio de que a empresa pretende majorar as contas em 18% nos próximos meses.
O reajuste estava sendo pleiteado pela Ampla para vigorar já a partir de março. O aumento anularia o recente corte aplicado às tarifas pelo governo federal, que, no caso dos consumidores residenciais, foi em média também de 18%. A própria Ampla voltou atrás e solicitou a Aneel a aplicação da majoração somente a partir de junho, adiando por três meses o reajuste. A empresa justifica o pedido como forma de compensar o custo de R$ 5 bilhões que as empresas têm depositado desde novembro como garantia pelo uso das termelétricas emergenciais. Neste Verão, os reservatórios das hidrelétricas atingiram os mais baixos níveis dos últimos anos.
A fórmula de cálculo do reajuste permite que a empresa repasse para as tarifas todos os gastos com a compra de energia e também os custos com a transmissão. "Queremos detalhamento desses gastos. Um reajuste de 18%, além de anular a redução aplicada pelo governo federal, vai causar impacto social e econômico em todo o Estado. Pesa no bolso do consumidor residencial e eleva os custos de indústria, comércio, prestadores de serviço e todos os segmentos econômicos", considera Bernardo Rossi.
O deputado destaca ainda que os 18% pleiteados, em comparação ao rejuste tarifário aplicado ano passado é o triplo para os consumidores residenciais. "Em 2012, o reajuste das tarifas da Ampla para as residências foi de 6,28%, enquanto para os grandes consumidores, principalmente indústrias, chegou a 7,7%", afirma.
Bernardo Rossi também está oficiando a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro (Agenersa). A empresa, que não regula e fiscaliza as concessões de energia elétrica em território fluminense está pleiteando um convênio junto a Aneel para que também possa atuar com poder de fiscalização sobre a distribuição de energia elétrica do Estado.
"Entre as concessionárias de energia elétrica a Ampla está entre as sete que praticam as tarifas mais caras do país. As tarifas da Ampla são maiores que as da Light, que também atende parte do Estado. Queremos que a Agenersa, com técnicos especializados, também acompanhe os preços particados e ajude a Aneel a fiscalizar a qualidade dos serviços", completa Bernardo Rossi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário