sexta-feira, 24 de julho de 2009

DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS DE JORGE AMADO

Com Fernanda Paes Leme, Marcelo Faria, Duda Ribeiro + 13 atores em cena. Direção de Pedro Vasconcelos.

Em cartaz desde outubro de 2007, “Dona Flor e seus dois maridos” foi vista mais de 200 mil pessoas e apresentada em mais de 30 cidades em todo Brasil. A obra de Jorge Amado é considerada um dos clássicos da literatura brasileira que conquistou o público no cinema e na TV e inicia sua nova turnê em 2009. Pedro Vasconcelos e Marcelo Faria assinam juntos a adaptação para os palcos, mantendo-se fiéis à história original do escritor baiano.

Para contar essa história de sucesso, o diretor Pedro Vasconcelos escalou Fernanda Paes Leme como Florípedes (papel antes desempenhado por Carol Castro), Marcelo Faria como Vadinho e Duda Ribeiro como Dr. Theodoro além de mais 13 atores. A história acontece na Bahia de Amado, ambientada nos anos 40, com muita música, dança, comida e festa.

Enquanto Vadinho é devasso, imoral e irreverente, Dr. Theodoro Madureira é metódico e controlado. Mesmo com características tão antagônicas os dois encantam a professora de culinária, Flor, que vive intensamente cada amor a seu tempo.

O espetáculo começa com a morte de Vadinho, por excesso de folia, em pleno sábado de Carnaval, vestido de baiana. Em seu velório os amigos relembram as farras, os jogos e as amantes do falecido. Através de um flashback, o público tem a oportunidade de vivenciar o primeiro encontro de Flor e Vadinho.

A partir daí, os dois começam o namoro com a benção de Dona Rosilda, mãe de Flor, que acredita estar unindo a filha ao sobrinho de um importante político. Quando Dona Rosilda descobre a verdadeira identidade do genro, Flor sai de casa com Vadinho e é surpreendida por sua real personalidade, um marido que gosta de aproveitar a vida ao máximo e gasta dinheiro com jogo e mulheres.

Durante sua viuvez, Flor sente saudades do marido e de suas imperfeições. Ainda fechada para um novo amor, Flor se depara com os encantos do farmacêutico Theodoro Madureira, respeitado solteirão que lhe propõe casamento. Theodoro é diferente do falecido em tudo. Fiel, regular no sexo e inteligente, seu segundo marido lhe completa com a paz e a tranqüilidade do matrimônio.

Após a festa de aniversário de um ano de casamento e a mesma rotina de todos os dias, Flor vê Vadinho em sua cama, que retorna invisível a todos, menos à sua amada. A partir daí, Flor sente-se dividida entre ele e seu atual esposo. Vadinho brinca com a morte, manipulando as mesas de jogo, zombando e favorecendo velhos amigos.

Em seu dilema entre a surpreendente vida com Vadinho e a metódica rotina com Theodoro, Flor passa a viver uma vida conjugal com os dois. Tempos depois, Vadinho começa a desaparecer e Flor se dá conta de que ela mesma havia lhe encomendado um feitiço para que ele partisse para sempre. O feitiço provoca uma briga entre os deuses, mas Exu não consegue permitir que Vadinho continue com Flor. Ao final, somos surpreendidos com Flor andando feliz ao lado de Theodoro e Vadinho pelas ruas de Salvador.

O cenário - que remete ao Pelourinho - e os figurinos impecáveis são de Ronald Teixeira. A direção musical é de Bruno Marques e tem trilha sonora composta somente por obras de Dorival Caymmi.

Para o ator Marcelo Faria, a peça apresenta uma releitura diferente do filme de Bruno Barreto e da minissérie apresentada na televisão, mas sem perder a essência do romance de Jorge Amado. Dona Flor vive um triângulo amoroso onde ela encontra o ideal do homem em dois maridos: “um oferece a sensualidade, já o outro é amável e fiel. Sempre quis montar este texto. Li o livro há muito tempo e me apaixonei pelo Vadinho”.

Se com Carol Castro havia uma Flor mais menina, com Fernanda Paes Leme a personagem central ganha uma sensualidade tingida com cores mais fortes. Fernanda trabalha bem a menina na primeira fase, mas num segundo momento deixa desabrochar uma Flor mais sensual e transbordante. A peça é um marco na carreira das duas atrizes.

O diretor Pedro Vasconcelos explica que a adaptação foi fiel ao livro de Jorge Amado de onde foram tirados os principais momentos do espetáculo. Os atores tiveram aula de dança, prosódia, culinária, preparação psicológica, expressão corporal, canto e voz, cultura baiana, entre outras.

Passada em clima anos 40, a peça com uma hora e 50 minutos de duração fez a sua estreia nacional no dia 15 de fevereiro de 2008, no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea.

FICHA TÉCNICA:

Elenco: Fernanda Paes Leme, Marcelo Faria, Duda Ribeiro, Ana Paula Bouzas, Marcello Gonçalves, Elvira Helena, Carlos André Faria, Carolina Freitas, Nelito Reis, Daniely Stenzel, Lisieux Maia, Luana Xavier, Diogo Brandão, Ewe Pamplona, Michelle Martins, Fabio Nascimento.

Adaptação: Pedro Vasconcelos e Marcelo Faria

Direção: Pedro Vasconcelos

Assistente de Direção I: Ana Paula Bouzas

Assistente de Direção II: Carlos André Faria

Direção de Produção: Marcelo Faria

Produção de Turnê: Guilherme Abrahão
Produção Executiva: Letícia Torgo

Assistente de Produção: Bruno Faria
Iluminação: Luciano Xavier
Direção Musical e Trilha Sonora: Bruno Marques

Cenografia e Figurino: Ronald Teixeira

Assistentes de Cenografia e Figurino: George Bravo, Leobruno Gama e Luciana Craveiro Vilanova

Coreografia: Roberto Queiroz e Suzan Ranieri

Prosódia: Íris Gomes da Costa
Preparação de Elenco: Katia Achcar
Preparação Vocal: Rose Gonçalves
Preparação Musical: Nadja Daltro
Culinária: Cida Bahiana
Visagismo: Fabiola Xavier
Programação Visual: Studio C

Fotógrafo: Rubens Cerqueira
Assessoria de Imprensa: Pierina Morais

Diretor de Cena: Augusto Cezar de Miranda (Cezinha)
Camareira: Ivani Dutra

Operador de Luz: Leonardo Campos

Operador de Som: Mauricio Dias

Making Off: Carlos André Faria

Realização: Faria & Vasconcelos

www.donafloreseusdoismaridos.com.br

Classificação : 16 anos

Duração: 110 minutos.

PREMIAÇÕES:

O espetáculo é vencedor de 3 Prêmios Qualidade Brasil (Melhor Ator – Marcelo Faria, Melhor Diretor – Pedro Vasconcelos e Melhor Espetáculo. É indicado ao Prêmio Shell de Teatro/2008 nas categorias de Melhor Ator – Marcelo Faria e Melhor Diretor – Pedro Vasconcelos e indicado ao Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante para Ana Paula Bouzas pela APTR/2009.

Serviço

SESC Quitandinha, Av. Joaquim Rolla, 2 – Quitandinha

8ª edição do Festival de Inverno do Sesc Rio

Apoio: Sistema Fecomércio- RJ

Confira a programação completa em www.sescrio.org.br

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