sábado, 25 de maio de 2013

31 DE MAIO: DIA MUNDIAL DE COMBATE AO FUMO

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Nesta data, todos os países se mobilizam na luta contra esse vício.

O fumo é um vicio como a cocaína e é extremamente difícil de interromper. Causa diversos tipos de problemas à saúde, inclusive estéticos. Além do pulmão, boca, língua, laringe, faringe, esôfago, estomago, rins, pâncreas, cólon e bexiga podem ser afetados pelo cigarro. O tabagismo é principal causa de muitas doenças pulmonares, como a bronquite crônica, o enfisema pulmonar e o câncer de pulmão. Está associado ainda a doenças cardiovasculares e a tumores em vários outros locais.

A Organização Mundial de saúde estima que 1/3 (um terço) da população mundial adulta, ou seja, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia.

No Brasil, 17,5% da população é fumante, o que corresponde a 25 milhões de pessoas, sendo 60% homens e 40% mulheres. De acordo com a Dra. Carla Ismael, médica oncologista do CTO – Centro de Terapia Oncológica e presidente da Sociedade Franco Brasileira de Oncologia, esse aumento no número de mulheres fumantes ocorre, muitas vezes pelo estresse do dia a dia. “As mulheres estão fumando cada vez mais, afetadas pelo stress do mercado de trabalho. Outro grande problema está relacionado aos adolescentes, vitimas da indústria do tabaco, que começam a fumar cada vez mais cedo”, afirma.

Nos últimos dez anos, estima-se que 50 milhões de pessoas morreram como resultado do uso do tabaco, alguns países já adotaram medidas para tentar reduzir esses números, mesmo assim, ainda existe a possibilidade do aumento do número de fumantes. “Nos países onde existe a restrição ativa ao fumo em todos os lugares públicos, como nos EUA, a tendência é a diminuição dos cânceres causados pelo cigarro. Já nos países subdesenvolvidos onde se fuma em todos os lugares, a tendência é de crescimento. No Brasil, por exemplo, ainda não se tem diminuição dos tumores causados pelo cigarro, será uma tendência nos próximos 5 anos”, explica a médica.

De acordo com a Dra. Carla, existem formas de controlar o tabagismo: “através de medidas restritivas e severas de proibição do fumo em lugares públicos, com a orientação e esclarecimento da população sobre os malefícios do cigarro, educação em escolas, apresentando tudo de ruim que o cigarro pode causar, é possível tornar a população mais consciente”.

O fumo influencia diretamente no surgimento de cânceres pois existe uma interação das substâncias contidas no cigarro pela inalação e metabolização no organismo, dando origem a nitrosamina, um dos mais potentes cancerígenos conhecidos no mundo, causa câncer por onde passa, por isso, afeta diversos lugares no corpo humano.

Mesmo quem não fuma pode ser afetado, os chamados fumantes passivos, já que inalam fumaça cancerígena da combustão do fumo. Segundo a OMS, o fumo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo e essa fumaça, o principal agente poluidor em ambientes fechados. Cerca de 2 bilhões de pessoas são vítimas do fumo passivo, destas, 700 milhões são crianças que sofrem com incidência de bronquites, pneumonia e infecções de ouvido, entre outras doenças.

Crianças e idosos, que convivem com pessoas fumantes, ficam com o sistema imunológico debilitado e correm o risco de sofrerem doenças respiratórias graves pelo resto da vida. “Os problemas de saúde a que o fumante passivo está exposto, são inúmeros, desde câncer de pulmão ou da face, doenças cardiovasculares, infartos, AVC – Acidente Vascular Cerebral, enfisema pulmonar entre várias outras”, explica a médica.

A pessoa que fuma fica dependente da nicotina. Considerada uma droga bastante poderosa, ela atua no sistema nervoso central como a cocaína, heroína, álcool, com uma diferença: chega ao cérebro de 7 a 19 segundos. É normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém as dificuldades tendem a ser menores a cada dia. Mas se a pessoa estiver disposta a parar, não pode ter medo:

1. Dos sintomas da síndrome de abstinência - Quando o fumante para de fumar, pode apresentar alguns sintomas desagradáveis, tais como: dor de cabeça, tonteira, irritabilidade, agressividade, alteração do sono, dificuldade de concentração, tosse, indisposição gástrica e outros. Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência da nicotina, porém, não acontecem com todos os fumantes que param de fumar. Quando acontecem, tendem a desaparecer de uma a duas semanas. Alguns dos sintomas, como dor de cabeça, tonteira e tosse são sinais do restabelecimento do organismo sem as 4.720 substâncias da fumaça do cigarro.

2. Da recaída - Se caracteriza pelo retorno ao consumo de cigarros após parar de fumar, e não deve ser encarada como fracasso. Comece tudo novamente e procure ficar mais atento ao que fez você voltar a fumar. Se dê várias chances até conseguir. Muitos fumantes que deixaram de fumar fizeram, em média, de 3 a 4 tentativas até parar definitivamente.

3. De engordar - Se a fome aumentar, não se assuste, é normal um ganho de peso, pois seu paladar vai melhorando e o metabolismo se normalizando. De qualquer forma, procure não comer mais do que de costume. Evite doces e alimentos gordurosos. Mantenha uma dieta equilibrada com alimentos naturais e de baixas calorias, como frutas, verduras e legumes. Atividade física também ajuda no controle do peso. Beba sempre muito líquido, de preferência água e sucos naturais. No início, evite café e bebidas alcoólicas, pois eles estimulam a vontade de fumar.

O mais importante é escolher uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro. Este dia não precisa ser um dia de sofrimento. Faça dele uma ocasião especial e procure programar algo que goste de fazer para se distrair e relaxar.

Está comprovado que o tabagismo é responsável por:

- 200 mil mortes por ano no Brasil (23 pessoas por hora);
- 25% das mortes causadas por doença coronariana - angina e infarto do miocárdio;
- 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;
- 85% das mortes causadas por bronquite crônica e enfisema pulmonar (doença pulmonar obstrutiva crônica);
- 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);
- 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral);
- 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia);

Outras doenças relacionadas ao tabagismo:
- hipertensão arterial;
- aneurismas arteriais;
- úlcera do aparelho digestivo;
- infecções respiratórias;
- trombose vascular;
- osteoporose;
- catarata;
- impotência sexual no homem;
- infertilidade na mulher;
- menopausa precoce;
- complicações na gravidez;

SERVIÇO:
31 DE MAIO: Dia Mundial De Combate Ao Fumo
CTO – Centro de Terapia Oncológica
Rua Dr. Sá Earp, 309
Centro – Petrópolis/ RJ
(24) 2244-2005
Sociedade Franco Brasileiro de Oncologia
Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 1.059 - Gr.601
Copacabana, Rio de Janeiro/ RJ
(21) 2247-7874/ (21) 7899-8728

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