segunda-feira, 21 de março de 2011

O JASSÓFILO MARIO JORGE JACQUES MINISTRARÁ O CURSO SOBRE O ESTILO MUSICAL QUE TERÁ INÍCIO NO DIA 23 DE MARÇO

Já se passaram 94 anos do primeiro registro gravado sobre o estilo, mas seu nascimento de fato data mais de 160 anos, que foi quando as primeiras notas do jazz surgiram em Nova Orleans, nos Estados Unidos, como consequência das transformações de outros gêneros musicais da época. Os apaixonados pelo estilo, que cruza o tempo e continua vivo diante das inovações sonoras, terão a oportunidade de saber mais sobre o assunto no curso Raízes e formação do jazz, ministrado por Mario Jorge Jacques, no Centro de Estudos sobre o Atual e o Cotidiano (Ceac). O curso começa na próxima quarta-feira, das 19h às 21h.
Considerado um verdadeiro jazzófilo, Mario Jorge lançou em 2005 o livro Glossário do Jazz, no qual apresenta ao leitor mais de 1.700 verbetes sobre o tema. A publicação já está na segunda edição e é dicionário de cabeceira dos amantes do assunto. No curso que começa na próxima quarta, será tratada a história do jazz, iniciando com um pequeno histórico da música através das raízes africanas e logo com a fusão da cultura africana e europeia.
Mario Jorge fará um panorama dos estilos que antecederam o jazz, como o spiritual e o blues, que ninguém sabe quando e como exatamente surgiu, por volta de 1850, mas que narrava um sentimento de tristeza dos negros. Logo depois veio o ragtime e então surgiu o jazz, que deu sequência às correntes do swing e bepop. Apesar de ter nascido ainda no século XIX, o primeiro registro desse novo som foi em 1917 com a gravação do grupo Original Dixieland Jazz Band, que por sinal era de brancos fazendo música que na época era considerada de negros.
Nomes como Jelly Roll Morton, Sidney Bechet e Louis Armstrong (foto) estão na história do jazz como os precursores do estilo, mas foi Buddy Bolden o pioneiro no novo gênero. Embora não tenha nada gravado, para os inúmeros entendedores do assunto, seu nome não foge ao nascimento do jazz, já que nada estudara de música, mas tinha o feeling e montou uma banda que apresentou ao mundo o novo som. Mas foi na década de 1920 que o jazz explodiu, principalmente quando incorporou a dança às apresentações nos clubes.
Richard Rodgers, George Gershwin, Irving Berling, Cole Porter e Harold Warling são os cinco maiores expoentes do jazz, responsáveis por comporem um grande acervo do gênero, com músicas que são cantadas e tocadas até hoje. Na época, suas canções eram sucesso nos musicais da Broadway e depois foram parar em Hollywood nos cinemas.


Mais que improvisação, liberdade de criação

Um som marcante e envolvente, o jazz tem como principal característica a improvisação. “Na verdade acho que liberdade de criação é o que talvez melhor define o estilo. Até a improvisação você treina. Mas no jazz o músico tem total liberdade de criar algo novo”, diz Mario Jorge. Um estilo no qual o talento deve se sobrepor, o jazz pode ser feito com qualquer instrumento, mas alguns são bem característicos e fundamentais, como o piano, baixo, bateria, guitarra e sopros (trompete, saxofones e clarinete). “No jazz mais tradicional tem o trompete, trombone e clarinete, na parte melódica, e banjo, tuba e às vezes o piano ou guitarra, na parte rítmica”, conta o jazzófilo.
Engenheiro químico aposentado, Mario Jorge se dedica a dividir com os interessados tudo que sabe sobre o assunto, seja em palestras, programas de rádio e até na internet, onde tem o site http://charutojazz.blogspot.com/. O curso que inicia no próximo dia 23 será dividido em oito módulos de duas horas, nos quais Mario Jorge disponibilizará para os alunos apostilas e bibliografia sobre o tema, através de arquivos de áudio e vídeo, que mostrarão a história e os representantes desse mundo jazzístico. Para saber mais informações sobre o curso, inscrições e valores, basta entrar em contato pelo telefone 2231-6862. O Ceac fica na Rua Visconde de Uruguai nº 344, Valparaíso.

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