Dez mil petropolitanos que usam diariamente linhas de ônibus entre Petrópolis e Rio para estudar e trabalhar podem ser beneficiados com a inclusão da cidade entre os municípios atendidos pelo Bilhete Único intermunicipal. A tarifa a R$ 4,95 para esse público ficou mais perto da realidade a partir da aprovação, nesta terça-feira, dia 08, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), de emenda assinada em conjunto pelos deputados Bernardo Rossi (PMDB) e Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) ao projeto de lei do Executivo alterando o Fundo Estadual de Combate à Pobreza que subsidia o Bilhete Único.
A emenda ao projeto de lei complementar 28/13, autoriza o Executivo a estabelecer o benefício a partir de um decreto. Ela abrange ainda as cidades de Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito, Teresópolis e Nova Friburgo. Uma segunda emenda ao projeto de lei autoriza o governo do Estado a estabelecer um bilhete único entre todas as cidades da Região Serrana.
“São dois passos importantíssimos dados hoje, sobretudo em benefício a Petrópolis que está a 60 quilômetros da capital e tem de ser considerada como parte da Região Metropolitana", defende Luiz Paulo. "Estamos batalhando para que o petropolitano tenha tranquilidade no bolso para se deslocar entre a Cidade Imperial e a capital. É um trajeto histórico, desde o Império, e o BIlhete Único para Petrópolis e seu estreito relacionamento com o Rio é mais do que merecido", completa Bernardo Rossi.
Com o bilhete único, as tarifas entre Petrópolis e a capital, em torno de R$ 20, passam a custar R$ 4,95. O gasto mensal de um passageiro que usa ida e volta para o Rio cairá de R$ 800,00 mensais para R$ 198,00. O valor de R$ 4,95 é uma tarifa reduzida para ser usada em no máximo 2h30 e com direito a transbordo entre ônibus, barcas, trens, metrô e vans (regularizadas).
“O bilhete único é subsidiado pelo governo do Estado. A diferença entre o preço da tarifa e o preço praticado no bilhete único é pago pelo governo, que investe R$ 500 milhões anuais provenientes do Fundo de Combate à Pobreza. O governo entende que o transporte também é fundamental para que as famílias saíam da linha da pobreza e que possam estudar e trabalhar com dignidade", explica Bernardo Rossi.
O fundo é abastecido com o adicional de 1% sobre a alíquota de ICMS de qualquer produto, exceto gêneros que compõem a cesta básica, material escolar, alguns medicamentos, gás de cozinha e de baixos consumos de água e telefonia fixa. E, também, de 4% sobre os serviços de luz,telefonia e internet. O recurso é aplicado prioritariamente na complementação de famílias de baixa renda, atendimento de beneficiários do Bolsa Escola e de idosos, auxílio na construção de habitações populares, urbanização de comunidades carentes, entre outros.
“Petrópolis, por sua proximidade com a capital, faz parte da Região Metropolitana. Há um eslocamento diário perto de 30 mil pessoas entre a cidade, na Serra e a capital, entre os que utilizam o ônibus e os que usam veículos próprios. Acredito que será um incentivo também para se deixar o carro em casa", considera o deputado Luiz Paulo.
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