terça-feira, 15 de outubro de 2013

CÂNCER DE MAMA E A TERCEIRA IDADE: PREVENÇÃO AINDA É O MELHOR REMÉDIO

Em Petrópolis a procura pelo exame de mamografia aumentou 37%


O número de idosos no Brasil tem aumentado e a expectativa de vida tem sido maior nos últimos anos. O risco de pessoas com mais de 65 anos desenvolverem doenças cancerígenas é 11 vezes maior do que pessoas com idade inferior. De acordo com a ONU, Organização das Nações Unidas, a cada três mulheres, uma terá câncer. Entre os homens, um em cada quatro vai desenvolver a doença. Ambos, entre 60 e 79 anos de idade.

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, o que equivale a cerca de 22% dos casos novos. Os fatores de risco relacionados à vida reprodutiva da mulher (menarca precoce, nuliparidade, idade da primeira gestação a termo acima dos 30 anos, anticoncepcionais orais, menopausa tardia e terapia de reposição hormonal) estão bem estabelecidos em relação ao desenvolvimento do câncer de mama. A idade continua sendo um dos mais importantes fatores de risco. As taxas de incidência aumentam rapidamente até os 50 anos, e posteriormente, esse aumento ocorre de forma mais lenta.

Segundo a Dra. Carla Ismael, médica oncologista que faz parte do corpo clínico do Centro de Terapia Oncológica (CTO) e presidente da Sociedade Franco Brasileira de Oncologia (SFBO), o câncer de mama é uma doença tumoral invasiva nos ductos e tecidos mamários, dentre os sintomas estão o aparecimento de nódulos endurecidos e fixos, vermelhidão, endurecimento e coceira nas mamas e surgimento de secreção nos mamilos. ”Porém todos estes sintomas podem ser também de doenças benignas, é preciso ir ao mastologista ou ginecologista, ou mesmo o clinico para solicitar o exame físico e a mamografia para o diagnostico diferencial”, afirma.

A incidência de câncer cresce com a idade, devido ao envelhecimento celular, tornando essa célula mais propensa a sofrer mutações e menor a chance de correção quando ocorrem. O câncer de mama pode ser encontrado através do autoconhecimento, mamografia e ultrassom das mamas. A mama da mulher jovem tem mais tecido glandular, o que dificulta a visualização na mamografia. Hoje, os novos aparelhos são mais performantes e tem melhorado este problema.

O câncer é uma doença ligada ao estilo de vida e hábitos. E quanto mais idosa a pessoa, naturalmente, mais suscetível a essa neoplasia. Os exames preventivos são grandes aliados na prevenção de qualquer problema de saúde e não seria diferente em relação ao câncer. Exames médicos e laboratoriais periódicos ajudam a identificar problemas precocemente, evitando assim, problemas maiores. “A mulher mais velha tem uma mama menos densa, pela substituição do tecido glandular da mama por gordura. Os casos de câncer são mais comuns na peri e pós menopausa, dos 50 aos 60 anos e temos visto também um aumento importante na nova terceira idade, a partir dos 80 anos”, explica Dra. Carla.

Dentre os tratamentos convencionais realizados mesmo em idosos está à cirurgia, o método mais antigo e definitivo e é utilizado nos casos em que o tumor está num primeiro estágio. A quimioterapia é usada mediante medicamentos que podem causar alguns efeitos colaterais, na maioria das vezes leves e o objetivo é inibir a proliferação das células doentes.

A radioterapia é o método mais utilizado nos tumores que não podem ser retirados com cirurgia e de maneira completa. Por último, vem a hormonioterapia, tratamento que busca impedir a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas se desenvolverem. Ela age no bloqueio ou suprimindo os efeitos do hormônio que incide sobre o órgão-alvo, matando assim o tumor “de fome”.

A mulher com mais idade e com câncer deve ser tratada normalmente, com cirurgia, radioterapia, e quimioterapia ou hormonioterapia se for necessário. “Isto e importantíssimo de lembrar, pois muitas famílias acham que por ser idosa, a paciente deve ser poupada do tratamento, quando é justamente o contrario, o tratamento vai permitir ter uma vida saudável e boa”, afirma a médica que tem como paciente mais idosa uma senhora de 97 anos.

Apesar de ser considerado um câncer de relativamente bom prognóstico, se diagnosticado e tratado oportunamente, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas no Brasil, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%, sendo que para países desenvolvidos essa sobrevida aumenta para 73%, já nos países em desenvolvimento fica em 57%.

Existem também outras formas de não só evitar doenças, mas conviver melhor com elas, especialmente, na terceira idade. Os exercícios físicos são algumas delas. A orientação e a realização de exercícios específicos ajudam a melhorar a vida da pessoa idosa. Afinal, a ideia não é apenas viver mais, como as estatísticas apontam, mas, viver mais, com qualidade de vida. Sem contar que o amor e o apoio da família são mais que fundamentais, especialmente, nessa fase da vida.

Mais informações podem ser obtidas na sede do CTO – Centro de Terapia Oncológica localizada à Rua Dr. Sá Earp, 309 - Centro – Petrópolis/ RJ, através do telefone (24) 2244-2005 ou ainda do site www.ctopetropolis.com.br.

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