quinta-feira, 31 de outubro de 2013

LEITURA DRAMATIZADA DOS TEXTOS DA OFICINA GRATUITA DE DRAMATURGIA NESTE SÁBADO

O projeto “Escrever a Cena” ofereceu noções de dramaturgia, criação e direção de texto e, no próximo sábado, dia 02 de novembro, a partir das 18h30, o Auditório do Colégio São José vira palco para a Leitura Dramatizada dos alunos da Oficina de Dramaturgia Escrever a Cena, que faz parte do 5° Circuito Estadual das Artes



A Oficina de Dramaturgia Escrever a Cena que teve início na terça-feira, dia 29 de outubro e seguiu por toda a semana no Teatro Afonso Arinos, com duração diária de 3 horas, tem como meta dar suporte para os interessados em escrever sua própria peça de teatro.

As aulas gratuitas foram possíveis graças ao Circuito Estadual das Artes que é um projeto da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro que oferece programação diversificada e ingressos a preços populares ou gratuitos, promovendo o acesso do público fluminense a espetáculos de teatro, dança, música, circo, oficinas, workshops, dentre outros. Através dele grupos artísticos da capital fazem apresentações em diferentes municípios do interior, exibindo produções de grande relevância cultural, garantindo aos espectadores uma programação variada. Além disso, o projeto ajuda a ampliar o mercado de trabalho para artistas, técnicos e produtores, bem como lança luz ao potencial dos equipamentos culturais dos municípios. Em Petrópolis, a realização da Oficina de Dramaturgia – Escrever a Cena contou também com o apoio da Fundação de Cultura e Turismo que se responsabilizou pelo suporte da equipe durante a estada na cidade.

Ministrada por Márcia Zanelatto, dramaturga e Coordenadora do Núcleo de Roteiro e Dramaturgia da Casa das Artes de Laranjeiras e do Programa SBAT de Dramaturgia e pelos diretores Ivan Sugahara e Renato Carrera, a Oficina foi dividida em teoria e prática. Foram desenvolvidas duas esquetes, uma de drama e outra de comédia, através delas os participantes vão poder ver como se aplicam as técnicas de escrita. Também foi realizado um workshop sobre criação coletiva de texto, e outro sobre como dirigir as duas peças criadas pelos alunos.

A dramaturgia é a arte de compor textos destinados à representação feita por atores, toda ação em cena depende do conflito e da maneira como os personagens agem para atingir seus objetivos na trama. O dramaturgo pode atuar na tragédia, na comédia e até mesmo no gênero musical. Há 20 anos escrevendo para teatro, Marcia Zanelatto se envolveu com a formação de novos dramaturgos.

A proposta do projeto Escrever a Cena é colaborar tanto com a formação de dramaturgos de gabinete, aqueles que escrevem a sós, quanto de dramaturgos de companhias, que escrevem em ou a partir de um grupo de teatro já estabelecido. O objetivo foi obter como resultado final ao menos quatro textos inéditos criados pelos participantes durante a oficina.

A leitura dramatizada dos textos elaborados pelos alunos será apresentada no Colégio São José, localizado à Rua Montecaseros, 222 - Centro – Petrópolis/ RJ, aberta ao público e com entrada franca. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail escreveracena@gmail.com ou do telefone (21) 9257-6832.

OS OFICINEIROS
MARCIA ZANELATTO, dramaturga, diretora e roteirista.
RENATO CARRERA, direitor, ator e dramaturgo
IVAN SUGAHARA, diretor da Cia. DezEquilibrados

MARCIA ZANELATTO é dramaturga, roteirista e diretora. Atualmente em cartaz com a adaptação para o teatro de “Filha, mãe, avó e puta”, com direção de Guilherme Leme, no CCBB São Paulo e escreve a peça “Assassinas por amor”, prêmio Myriam Muniz Funarte 2012. Vencedora da edição de 2009 do concurso nacional de dramaturgia do CCBB, com a peça “Tempo de Solidão”, sucesso de crítica e público, com direção de Ivan Sugahara. Espetáculo premiado pelo Circuito das Artes da Secretaria de Cultura do Estado. Foi co-roteirista de Domingos Oliveira no filme “Juventude”, com Paulo José e Aderbal Freire-Filho, ganhador do Kikito de Melhor Roteiro em Gramado. Foi assistente de direção em “Juventude” e em “Todo mundo tem problemas sexuais”, com Pedro Cardoso, Claudia Abreu e grande elenco. Dirigiu a peça “Apocalipse segundo Domingos Oliveira”, com Gregório Duvivier e Grupo Fúria em temporada de sucesso no Teatro dos 4, Canecão, Teatro dos Grandes Atores e Teatro da UFF. Sua peça “Eles não usam tênis naique” foi premiada no concurso Sexualidade, Violência e Justiça nos Espaços Populares, do Cesec, Fundação Ford e Ceasm. Com Luiz Eduardo Soares e Domingos Oliveira, escreveu a versão teatral para o livro Tropa de Elite, a peça “Confronto”. Também é autora do romance “Revolução Guanabara” e poeta premiada pela Academia Petropolitana de Letras.Escreveu roteiros para o sitcom “Anjos do Sexo”, da BAND TV. É autora e co-diretora do filme “Depois do Medo”.

RENATO CARRERA é ator, diretor e dramaturgo, formado em interpretação teatral pela Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio). Renato vem se destacando na cena teatral do Rio de Janeiro por seus trabalhos onde mantém uma ligação direta com o teatro contemporâneo e suas questões quanto a interpretação, o espaço cênico, a relação física entre ator , público e a cena a partir da construção psíquica dos personagens, associando o trabalho aos fatores sociais no Brasil e no mundo de hoje. Em 2010 dirigiu “SAVANA GLACIAL” PRÊMIO SHELL DE MELHOR TEXTO – JÔ BILAC, com temporadas no Espaço Sesc, Planetário e Glaucio Gill no RJ e no SESC Belenzinho – SP. Atualmente excursionando pelo Brasil e se apresentando nos principais festivais de teatro do País e ainda foi considerado UM DOS 10 MELHORES ESPETÁCULOS DE 2010 PELO JORNAL “O GLOBO”. Como Ator foi dirigido por Ana Kfouri nos espetáculos “Preguiça”, “Esfíncter” e em 2010 protagoniza o espetáculo “Senhora dos Afogados” dirigido pela mesma diretora, no papel de “Misael”. O espetáculo indicado ao Prêmio APTR de melhor direção e iluminação e ao Prêmio Qualidade Brasil para melhor atriz, direção e espetáculo. Foi professor, durante 5 anos do Centro de Estudos Artístico Experimental, escola livre de teatro coordenado por Ana Kfouri e financiado pelo Sesc-RJ. Desenvolveu sua pesquisa na oficina “Improviso e Investigação”. Ainda realizou a mostra “Renato Carrera e Cias.” durante dois meses no Sesc de Campos, com duas leituras, quatro espetáculos e uma oficina. Ministrou sua oficina no encontro internacional de teatro DRIFT, para atores da Inglaterra, Polônia, Dinamarca e Brasil. Dentre seus últimos trabalhos, mais marcantes, “Autópsia” de sua própria autoria, baseado no filme “Gritos e Sussuros” de Ingmar Bergman, apresentado durante cinco meses nos subterrâneos do Centro Cultural Carioca. Como ator-bailarino, fez “Fuga”, orientado por Frederico Paredes, no Centro Coreográfico do RJ e “Bota Abaixo” coreografado por Isnard Manso no Centro Cultural Carioca, Espaço Sergio Porto e Centro Coreográfico. Atou como ator-pesquisador no Teatro Literatorium onde montou em 2007 o espetáculo “Memorial”, ficando em cartaz no Teatro Villa lobos, Ziembinski, Candido Mendes. Patrocinado pela Petrobrás no rio, e no nordeste Nordeste, financiado pelo Banco do Nordeste. No ano de 2009, dirigiu o espetáculo “Janelas”, encenado nas janelas do Centro Cultural Carioca. Visto da rua, ele acontecia nas janelas do Centro Cultural. Escreveu e dirigiu “O Último Narrador” espetáculo que retratava os horrores provocados pelo Kmmer Vermelho no Camboja, ficando dois meses no Sergio Porto- RJ. Dirigiu “Cyrano de Bergerac”, com tradução de Ferreira Gullar, na Casa de Cultura Laura Alvim, patrocinado pela Eletrobrás, Oi e Furnas. Idealizou e protagonizou o espetáculo “O Ateliê Voador” de Valère Novarina, dirigido pelo francês Thomas Quilladert, no Espaço Sesc – Teatro de Arena, dentro do projeto “Novarina em Cena”, projeto que integrou o Ano da França no Brasil 2009, patrocinado pelo Consulado Francês, Espaço Sesc - RJ e o Ministério das Culturas da França. Neste mesmo ano atuou no espetáculo “Café!” com direção de Alessandra Vannucci. Em 2010 atuou na peça “Tentativas Contra a Vida Dela” direção de Filipe Vidal no CCBB de Brasília e no Espaço Sergio Porto – RJ e em 2011 dirigiu “A Morte do Pato” de sua autoria no Teatro Gláucio Gill. No Espaço SESC atuou em “Feriado de Mim Mesmo” texto de Santiago Nazarian e direção de Fabiano de Freitas, além de dirigir “A Megera Domada” com tradução de Walcyr Carrasco, no Teatro João Caetano, com patrocínio da Oi e do Bradesco Seguros e “Procura-se” texto de Julia Spadaccini com a Cia. Aplauso, patrocínio da Petrobras e do BNDES. Recentemente ganhou o Prêmio Mirian Muniz com “Assassinas por Amor”, sua idealização e direção. Trabalha como colaborador e ator da Cia. Artística Cinema de Poesia premiada em várias países, incluindo os Festivais de Nova York, Egito, Grécia e França, através dos curtas-metragens: “Femina”, “Abismo da Alma”, “O Poeta e a Bailarina” e o longa “AtoninVanArtaudGogh”.

IVAN SUGAHARA - Há quinze anos desenvolve um trabalho continuado na direção de espetáculos, tendo realizado cerca de trinta encenações. Atualmente está em cartaz com a peça Antes que você me toque, de Claudia e Mele e Ivan Sugahara. Nos últimos quatro anos, assinou a direção de diversas peças. Em 2011, encenou Mulheres Sonharam Cavalos, de Daniel Veronese (indicado aos prêmios Questão de Crítica de Melhor Elenco e Iluminação e APTR de Melhor Atriz Coadjuvante); e A Estupidez, de Rafael Spregelburd, com a cia. Os dezequilibrados (indicado aos prêmios Shell e Quem Acontece de Melhor Atriz e Qualidade Brasil de Melhor Espetáculo, Ator e Atriz). Em 2010, dirigiu as montagens de Terra do Nunca, de Ivan Sugahara e Leonardo Netto; Tudo que existe entre nós, de Ivan Sugahara – criado em Portugal para apresentação na Mostra Internacional de Teatro de Oeiras; Tristão e Isolda ao Vivo, de Ivan Sugahara – montagem de formatura da CAL; Tempo de Solidão, de Márcia Zanelatto; Blitz, de Bosco Brasil; e Sade em Sodoma, de Flávio Braga. Em 2009, encenou Play, de Rodrigo Nogueira (indicada aos prêmios Shell e APTR de Melhor Texto); As Bruxas de Salém, de Arthur Miller – montagem de formatura da CAL; e Às vezes é preciso usar um punhal para atravessar o caminho, de Roberto Alvim. Em 2008, fez a direção de Pelo amor de Deus, não fala assim comigo!, de Maria Carmem Barbosa; Sem Ana, de Caio Fernando Abreu; Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz, adaptação de Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand – montagem de formatura da CAL; e Memória Afetiva de um Amor Esquecido, de Rosyane Trotta, com a cia. Os dezequilibrados (indicado aos prêmios Shell de Melhor Direção e Atriz e Qualidade Brasil de Melhor Espetáculo, Diretor e Atriz).

Fundador e diretor da cia. Os dezequilibrados há dezesseis anos, encenou mais doze espetáculos do grupo: Últimos Remorsos Antes do Esquecimento, de Jean-Luc Lagarce (2007); Quero Ser Romeu e Julieta, adaptação da peça de Shakespeare (2006); Lady Lázaro, de Daniela Pereira de Carvalho (2005); Dilacerado, de Daniela Pereira de Carvalho (indicado aos prêmios Shell 2004 de Melhor Atriz e Iluminação e Qualidade Brasil 2004 de Melhor Diretor e Atriz); Assassinato em Série, de Daniela Pereira de Carvalho (2003) - trilogia formada pelas peças Combinado, Cena do Crime e Outro Combinado; Vida, o Filme, de Daniela Pereira de Carvalho e Ivan Sugahara (indicado ao Prêmio Shell 2002 de Melhor Direção); 1, adaptação de O Grande Inquisidor de Fiodor Dostoievski (2001); Bonitinha, mas Ordinária, de Nelson Rodrigues (2001); Um quarto de Crime e Castigo, adaptação de Crime e Castigo de Fiodor Dostoievski (1999); e Uma Noite de Sade, da cia. Os dezequilibrados (1998).

Ivan também é responsável pela direção das peças Notícias Cariocas (direção conjunta com Enrique Diaz), de Filipe Miguez, com a Cia. dos Atores (vencedor do Prêmio Qualidade Brasil 2004 de Melhor Espetáculo, Direção e Atriz; e indicado ao Prêmio Shell 2004 de Melhor Direção e Texto); e Avalanche, de David Rabe (2003).

Trabalhou como assistente de direção nas montagens de: Tosca, ópera de Giacomo Puccini, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, direção musical de Sílvio Barbatto e direção de Ron Daniels (2003); Ventriloquist, de Gerald Thomas (2000); Tragédia Rave, de Gerad Thomas (2000); e 2001: Happy New Lear, adaptação de Rei Lear de William Shakespeare, direção de Celina Sodré (1999).

Formado pela Casa das Artes de Laranjeiras - CAL, em 1997, e pela Faculdade de Teoria do Teatro da UNI-RIO, em 2005, dirigiu ainda as cerimônias de entrega do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, no Cine Odeon-BR, nas edições de 2003 e 2004. Durante o ano de 2004, foi diretor artístico do Teatro Café Pequeno, então ocupado pela cia. Os dezequilibrados com o projeto Cena Pop Carioca.

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