O prefeito eleito Rubens Bomtempo visitou as dependências do hospital Alcides Carneiro. Dividas, obras inacabadas, consultórios fechados por falta de profissionais, foram alguns dos problemas verificados na unidade. Na ocasião, ele garantiu que fará uma nova visita em dezembro e, dessa vez, pretende pedir a presença do Ministério Público. A visita, segundo ele, ajudou a perceber que a eleição gerou uma nova expectativa no corpo médico da unidade, porém, lamentou a situação que o hospital está enfrentando.
“Foi muito triste ver com os próprios olhos o que está acontecendo aqui. Conforme denunciamos durante os mais de cem dias de campanha, o HAC está abandonado e o diálogo que existia com a prefeitura foi praticamente interrompido há quatro anos e precisa ser reconstruído”, disse o prefeito eleito, destacando que até o número de consultas no ambulatório tiveram uma queda drástica. “Enquanto em 2005 foram feitos 92,049 atendimentos, em 2011, até o mês de setembro, foram contabilizados apenas 27,840. Isso significa uma queda de quase 65 mil atendimentos”, detalha, salientando ainda que atualmente o número de consultas mensais chega a 2,5 mil. “Mas já houve época que alcançamos a marca dos 10 mil atendimentos”, complementa.
A situação de um mamógrafo recebido pela instituição há cerca de três anos também chamou a atenção do prefeito eleito. Isso porque, ao invés de estar servindo como mais uma ferramenta para a saúde da mulher, garantindo a realização de exames, o equipamento ainda permanece encaixotado, e guardado numa das salas da unidade. Com 40 leitos, o funcionamento do novo pavilhão cirúrgico, cuja obra foi iniciada em 2008, ainda no segundo governo Bomtempo, realizado em parceria com o Sehac – pela Faculdade de Medicina, ainda depende de todo o mobiliário.
“Através de solicitações de emendas orçamentárias, todo o mobiliário desse setor já foram pedidas a estamos aguardando”, explicou o diretor técnico do hospital Lécio Carneiro Filho. No Setor de Métodos Complementares, que irá garantir a realização de exames como ultrassonografias e eletrocardiogramas, ou seja, métodos de diagnósticos.
Antes de percorrer todos os setores, Bomtempo se reuniu com a diretoria da instituição e pediu que seja montado um relatório contendo uma lista de equipamentos de média e alta complexidade, que será entregue ao Ministério da Saúde, em reuniões que já estão agendadas para os próximos dias 7 e 8 de novembro. “Com a visita, pudemos apresentar nossos problemas e principais necessidades do hospital, como por exemplo, a recomposição financeira para garantir a retomada do crescimento. Nos próximos dias também estaremos apresentando o relatório de necessidades do hospital, que precisa de adequação de alguns serviços”, disse o diretor geral da unidade.
Na ocasião, Bomtempo lembrou que durante os quase quatro anos de governo, o atual prefeito esteve no HAC apenas duas vezes. “E era ele quem dizia ser o prefeito da saúde. A divida ainda está sendo computada, mas espero que o atual prefeito faça esse pagamento o quanto antes, mas acredito que a maior dívida é com o ser humano e com todos os pacientes que não foram atendidos porque a saúde não foi prioridade”.
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