O Estado do Rio é o pioneiro na imunização contra a Hepatite A graças a uma lei do deputado petropolitano Bernardo Rossi (PMDB) que foi sancionada pelo governador Sérgio Cabral. O Diário Oficial do Estado desta terça-feira, dia 14, publica a Lei 6.671, que estabelece a implantação de um programa estadual de vacinação contra a doença que registra 500 novos casos por ano em cidades fluminenses.
A Lei, que estabelece ampla campanha de divulgação da disponibilidade da vacina, será regulamentada pelo Executivo. "Ela vai ser oferecida nos meios usuais como postos de saúde da rede pública e é preciso um chamamento para que a população se imunize", afirma Bernardo Rossi.
Associada a populações carentes onde há deficiência no saneamento básico, a Hepatite A também atinge população onde há melhor qualidade de vida e acesso à infraestrutura. A doença, contagiosa, causada por um vírus, é transmitida pelo contato fecal-oral. Assim, até alimentos não preparados corretamente expõem as pessoas ao contato com a doença que registra sete mil novos casos por ano no Brasil.
Hoje, a vacina está disponível apenas na rede particular chegando a custar R$ 150. "Norte e Nordeste são as regiões com maior incidência da doença, mas o Estado do Rio sendo pioneiro vai inspirar iniciativas e outros Estados vão aderir. O governo federal estuda a inclusão da vacina no calendário anual de vacinação, mas podemos começar antes a imunização no Estado do Rio. A vacinação é uma recomendação da Organização Mundial de Saúde", defende Bernardo Rossi.
Para Bernardo Rossi, além do investimento anual do Estado em saneamento básico na faixa de R$ 560 milhões, a prevenção por meio da vacinação é fundamental, já que a doença pode ser causada por uma incorreta manipulação de alimentos, por exemplo. "O saneamento básico é imprescindível para afastar essa e outras doenças, mas a Hepatite A pode ser descartada da vida da população com duas doses de vacina na primeira infância", completa.
No Brasil, entre 1990 e 2011, foram registrados 138.305 pessoas infectadas pela doença. Crianças menores de 13 anos representam o grupo mais acometido pela hepatite A e compreendem 75,6% dos casos notificados no país em um período de 13 anos a partir de 1999.
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