sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

DUAS COLEÇÕES DO ACERVO HISTÓRICO DO MUSEU SÃO DIGITALIZADAS

Dois conjuntos do acervo do Arquivo Histórico do Museu Imperial/Ibram foram incluídos na página de consulta do projeto Dami, Digitalização do acervo do Museu Imperial. A partir de agora, as coleções José Kopke Fróes e Museu Histórico de Petrópolis compostas por cerca de 30 mil itens podem ser acessadas por qualquer pessoa através do site da instituição.

Coleção José Kopke Fróes

Composta por 1.873 itens entre fotografias avulsas, álbuns e cartões-postais produzidos entre a segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX, este conjunto é formado, prioritariamente, por imagens de Petrópolis, por meio das quais é possível acompanhar, sobretudo, as transformações ocorridas no espaço urbano no decurso desses cem anos e possibilita a complementação das pesquisas iconográficas relacionadas à cidade.

Fotografias e impressos apresentam perspectivas da antiga avenida Quinze de Novembro (atual Rua do Imperador), do Palácio Imperial que hoje abriga o Museu Imperial mas já sediou importantes instituições educacionais da cidade, além de vistas aéreas que revelam a topografia da cidade e visões de bairros mais afastados do centro histórico, como Cascatinha e Morin, por exemplo.

Seu titular, José Kopke Fróes foi devotado à preservação da história da cidade de Petrópolis, acumulando em vida um grande acervo de fotografias, cartões postais e recortes relacionados à iconografia petropolitana. Nascido em Petrópolis, em 1902, formou-se em odontologia, mas alcançou destaque por sua atuação cultural na cidade, integrando os quadros do Instituto Histórico de Petrópolis e presidindo a Academia Petropolitana de Letras. Foi bibliotecário da Biblioteca Municipal de Petrópolis durante longo período e diretor da Casa de Santos Dumont. Na Biblioteca, organizou seções temáticas relacionadas à história de Petrópolis e desenvolveu estudos veiculados em diversos jornais publicados na cidade.

Coleção Museu Histórico de Petrópolis

Está diretamente vinculada aos primórdios da formação do acervo do Museu Imperial, que foi inicialmente criado nas dependências do Palácio de Cristal como o Museu Histórico de Petrópolis, em 1938, já com a perspectiva de instalação de um museu histórico no antigo palácio imperial. Em 1940, o governo de Getúlio Vargas criou o Museu Imperial através do Decreto-Lei nº 2.096, de 29 de março.

Todo o acervo abrigado pelo Museu Histórico de Petrópolis foi, então, transferido para o Museu Imperial, constituindo a sua primeira coleção, formada por 1.850 itens, estando 525 dispostos no Arquivo Histórico, 880 na Biblioteca e 515 na Museologia. Seu tratamento proporciona grande conhecimento da história petropolitana e avanço nas pesquisas iconográficas relacionadas à cidade de Petrópolis e ao Brasil, uma vez que abriga diversas fotografias da cidade e da família imperial, produzidas entre fins do século XIX e meados do século XX, além de pinturas, gravuras e desenhos de renomados artistas, como Debret e Victor Frond. Encontram-se também na coleção, diversos objetos de fabricação indígena e outros utilizados por escravos da fazenda Monte Café. Há ainda móveis que pertenceram a membros da família imperial e outras peças, como a primeira bandeira do Império do Brasil, além de grande quantidade de moedas e medalhas relacionadas à história do Brasil e de Petrópolis.

Dois importantes periódicos, que por sua importância nas pesquisas históricas, foram expostos como coleções individuais, também fazem parte da Coleção Museu Histórico de Petrópolis: a revista Don Quixote e a bastante conhecida Revista Illustrada, com 77 e 731 exemplares, respectivamente. Esses periódicos registram importantes elementos para a compreensão da dinâmica política e cultural no Brasil do final do século XIX.

Projeto DAMI

O Projeto de Digitalização do Acervo do Museu Imperial conta, atualmente, com imagens e descrições de 5.590 itens do acervo MI, dos quais 3.750 foram disponibilizados agora, em janeiro. São mais de 45.000 imagens produzidas e já disponíveis para download livre na página do Projeto. Em 2014 segue o trabalho de digitalização de mais 10 coleções, totalizando mais 1.800 itens e cerca de 20.000 imagens. Entre essas coleções encontram-se as de Armínio Guaraná, Jordão Vilela, Conde de Nioac e a coleção de cartas trocadas pela Condessa de Barral com o imperador d. Pedro II.

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