sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

UCP PODE FECHAR PARCERIA INTERNACIONAL

Representante de ONG angolana quer acordo de cooperação acadêmica com a universidade petropolitana
Estudantes angolanos podem fazer cursos de graduação e pós-graduação no Brasil com professores da Universidade Católica de Petrópolis. É o que prevê o novo acordo de cooperação acadêmica que começou a ser desenhado no dia 13 de janeiro, durante visita do vice-presidente da ong africana “Livega” - Liga dos Veteranos da Guerra de Libertação de Angola, André Nguina Quiala. Em conversa com o reitor José Luiz Rangel Sampaio Fernandes, ele também demonstrou interesse em estender a parceria para a ida de professores da instituição a Angola. O objetivo seria ministrar cursos para capacitação de profissionais no país africano.
Segundo André Quiala, uma das maiores preocupações do governo de Angola é ter em seu cadastro universidades sérias, tradicionais, que possam, de fato, fazer a diferença na formação de seus estudantes. “É muito comum ver estudantes angolanos fora do país. Isso porque, naquela região, faltam docentes. Hoje já há uma quantidade significativa de universidades, mas há uma enorme carência de profissionais nessas instituições”, explica, acrescentando que o próprio governo custeia bolsas integrais de estudo para que seus estudantes se formem em outros países, principalmente no Brasil – dados do governo angolano mostram que 60% dos estudantes com bolsa de estudos vêm para o país.
“Temos hoje cerca de 4.800 angolanos estudando no Brasil. Desses, 2.100 têm seus estudos pagos pelos pais. Os demais têm bolsas custeadas pelo governo ou pela iniciativa privada. E temos o maior interesse em encontrar universidades bem localizadas, seguras e tradicionais. Por isso estamos aqui. Sabemos que é o caso da UCP”, disse ele, que chegou à Universidade a convite de seu coordenador de projetos especiais, professor Ronald Carreteiro.
“Estamos abrindo as portas da UCP para o exterior. Na África mesmo já fechamos outras parcerias, entre elas um convênio com a Universidade de Makererê, em Kampala, Uganda, para o desenvolvimento de projetos na área de biocombustíveis. As pesquisas, inclusive, serão feitas por convênio com a Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis”, revela Carreteiro, lembrando que a Universidade de Makererê é uma instituição pública tradicional, que tem nada menos que 40 mil alunos.
E, no que depender do reitor da UCP, a nova parceria proposta pelo angolano vai se tornar realidade. Ainda durante a reunião ele revelou a Quiala a existência de um prédio da instituição que pode, inclusive, servir como uma república para os estudantes angolanos. “Podemos fechar uma parceria que lhes garanta toda a segurança e qualidade de ensino que vocês procuram a um custo acessível, incluindo, aí, moradia”, propôs. Ao término do encontro, André Nguina Quiala mostrou-se entusiasmado. “Tenho certeza de que esse é apenas o início de uma longa parceria”, afirmou.

Visita africana continua – O interesse de países africanos com objetivos acadêmicos e de prospecção de negócios não para por aí. Na próxima segunda (1/02), o Cônsul do Benin no Rio de Janeiro, César Augustos Maia e o diretor do Conselho de Jovens Empreendedores do Estado do Rio de Janeiro, Vanderlei Martinianos, têm uma reunião agendada com o reitor da UCP para iniciar novas oportunidades de negócios na área de tecnologia e administração, além de discutirem a organização do Encontro Internacional de Biocombustíveis, que será realizado em maio em Petrópolis.

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