A Pastoral da Saúde da Diocese de Petrópolis, promoveu domingo (dia 22/11), o I Encontro de Formação Espiritual e Humana dos Agentes da Pastoral, no Convento de Lourdes (Petrópolis/RJ) e contou com a presença de 200 agentes. O bispo de Petrópolis, Dom Filippo Santoro, fez uma saudação aos participantes do encontro, afirmando que o serviço das pastorais sociais, incluindo a Saúde, está dentro do contexto da Missão Continental e faz parte das ações do Plano Pastoral de Conjunto da Diocese, através da missão popular.
- A nossa Pastoral é o momento privilegiado de anunciar o Senhor, por meio das atitudes. Por meio do cuidado, do amor, da presença, pois quando não podemos fazer nada, a presença é importante para que as pessoas não se sintam abandonadas. A nossa Pastoral da Saúde tem objetivo de oferecer as pessoas à esperança em Cristo. O nosso trabalho é oferecer a proximidade do amor de Cristo, compartilhando o momento do sofrimento e oferecer o amor do Senhor. Na visita aos ambientes onde está o doente, o agente deve levar a presença de Deus para doentes e não somente para o enfermo, afirmou o bispo diocesano, lembrando que o trabalho dos agentes da Pastoral da Saúde é um serviço também missionário.
Dom Antônio Augusto, bispoauxiliar da Arquidiocese do Rio e coordenador da Pastoral no Regional Leste I da CNBB, abriu os trabalhos do encontro de formação em Petrópolis, aproveitando a vida de Madre de Calcutá, para falar sobre o que motiva o agente da pastoral no trabalho de acolher os doentes. Dom Antônio afirmou que a motivação maior está no compromisso assumido, como Madre Teresa “que mesmo se sentindo vazia e alguns momentos até sem fé, nunca deixou de realizar o trabalho para o qual foi chamada por Deus e isto, por que assumiu até as últimas conseqüências o compromisso de se doar pelo próximo”.
Ao citar a parábola do Bom Samaritano, Dom Antônio disse que muitas vezes podemos fazer como o sacerdote e o levita, “eles viram o homem caído, mas tinham outros compromissos. Compromissos que não eram ruins, mas nada fizeram, apenas olharam e continuaram seu caminho”. Já o samaritano, “ele viu e se comprometeu com aquele homem, cuidou de suas feridas, ou melhor, desceu do seu cavalo e colocou o homem ferido, lhe deu atenção. É desta maneira que devemos agir, nos comprometer com o outro”.
Padre Anísio Baldesson, sacerdote Camilliano e presidente do Instituto Camilliano da Pastoral da Saúde em São Paulo, falou sobre Qualidade de vida do agente da Pastoral da Saúde e sua visita ao doente. Padre Anísio voltou a repetir as palavras de Dom Antônio, lembrando que a Pastoral de Saúde exige compromisso. “Compromisso com o doente e compromisso com o próprio agente, pois para cuidar de outra pessoa precisa estar de bem consigo, inclusive a saúde”.
Ele disse que “quem vai trabalhar na Pastoral da Saúde precisa ver se tem pernas para continuar, pois a Pastoral exige compromisso. Ela não é um hobby, que escolho fazer porque não tenho outra coisa, não, a Pastoral da Saúde é um comprometer-se com o outro”. Padre Anísio lembrou que a missão da Pastoral é promover, educar, prevenir, cuidar, recuperar, defender e celebrar. Segundo ele, o trabalho ainda esta apenas na dimensão do cuidar do doente e de celebrar, mas é preciso se comprometer também com o prevenir doenças, conscientizando as pessoas da importância de terem uma vida saudável.
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