Na última quarta-feira, dia 22 de dezembro, após um dia exaustivo de trabalho e uma dor de cabeça lascinante que me acompanhava quase todo o dia, resolvi comer uma pizza com minha esposa e filho, para tentar terminar bem a noite. Sendo assim, resolvemos enfrentar a chuva e falta de vagas para estacionamento em Petrópolis e levamos o nosso filho de 6 anos para saborear um rodízio de pizza que fosse bom e barato. Nossa primeira opção foi a pizzaria La Vera, situada à Rua Gonçalves Dias, nº 1261, no cruzamento da Rua Washington Luiz, conhecido como ‘Duas Pontes’.
Ao entrarmos na pizzaria La Vera, constatamos que a mesma estava bem vazia. Logo, fomos recebidos por um simpático garçom que, gentilmente, nos levou até a mesa próxima a uma janela e nos acomodou, oferecendo, inclusive, uma cadeira mais alta para que o nosso filho pudesse ficar mais confortável à mesa. Depois de nos explicar como funcionava o rodízio da Casa, fizemos o nosso pedido de bebidas e ficamos esperando que as pizzas começassem a ser servidas.
Após aproximadamente oito minutos de espera, o gerente e/ou proprietário do local, veio à nossa mesa e iniciou a seguinte explanação: “Meu caro senhor, todas as nossa mesas estão reservadas. Infelizmente eu não tenho como atendê-los. Vou pedir aos senhores que se retirem. Sinto muito, mas realmente não poderemos atendê-los.” Ainda assim, o mesmo continuou com o seu pedido de desculpas tentando nos dar opções para que não ficássemos sem nossa pizza. Desta forma, ele prosseguiu: “Aqui perto há uma outra pizzaria que dizem ser muito boa também. Vocês podem tentar ir lá! De qualquer maneira, aceite esse calendário 2011, que o senhor pode prender na sua geladeira como brinde. Boa noite”.
Em resumo: além de expulsar a mim e a minha família do local, ele ainda me deu um brinde para que eu possa sempre me lembrar como foi a primeira vez em minha vida em que, mesmo tendo todas as condições estar no local, fui “gentilmente” convidado a me retirar de um estabelecimento comercial sem qualquer motivo aparente ou previamente justificado.
Ironicamente, a noite não terminou com o ocorrido. Mesmo estando indignado e sentindo-me insultado, insisti em encontrar outra pizzaria que pudesse nos atender. Me dirigi para a pizzaria Mamma Miia, que fica na Rua do Imperador, no Centro da cidade, bem ao lado do Shopping Pedro II. Chegamos, fomos recebidos, escolhemos uma mesa, nos sentamos, e isso foi o mais perto que cheguei do rodízio da casa. Após 10 minutos esperando para limparem a mesa em que nos sentamos e colocarem pratos e talheres para nós, desistimos. Levantamo-nos e saímos da pizzaria sem sermos servidos e frustrados com tamanha falta de presteza. Para o meu espanto, os garçons que deveriam ter nos atendido no interior do estabelecimento, inclusive o que nos recebeu, estavam conversando despretenciosamente do lado de fora, na calçada da Rua do Imperador.
Eu estava realmente furioso e faminto, e nada seria capaz apagar a frustração e indignação de ter sido tão insultado em um dia em que tudo que eu queria era comer uma pizza com minha família que valesse a pena. O que mnais me frustrou, foi perceber tais atitudes como reflexo do serviço prestado em uma cidade que pretende ser turística e receber bem as pessoas.
Ainda assim, achei por bem persistir, até porque já estava tarde para achar um mercado para comprar comida e fazer em casa. Após muito pensar e procurar, terminei a noite comendo comida chinesa, dessas que servem em lindas caixinhas vermelhas. Não preciso nem dizer que fui muito bem atendido.
Michel C. Lima - Um freguês e cidadão indignado.-- Michel Limahttp://www.michellima.nethttp://www.flickr.com/photos/michellima
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