sábado, 15 de junho de 2013

SISTEMA FIRJAN COMEMORA INÍCIO DAS OBRAS NA BR 040

Inciativa é pleito da Federação, que demonstrou em estudos a importância da duplicação da pista de subida da Serra de Petrópolis para reduzir acidentes e baratear o frete

O início das obras de construção da pista de subida da Serra Rio-Petrópolis, rodovia BR 040, na tarde desta sexta-feira (14/06), com a implosão do viaduto existente no quilômetro 102, traz novas perspectivas econômicas para o estado do Rio. A duplicação da rodovia, além de reduzir acidentes e melhorar as condições do tráfego, também vai reduzir o preço do frete das cargas que são movimentadas pela pista.

“A intervenção na BR 040 é um pleito defendido pelo Sistema Firjan. O início da duplicação da rodovia vai, enfim, remover um gargalo logístico de grandes proporções na malha que integra os três maiores estados do país, em termos econômicos. Com estradas melhores, o transporte passa a ser realizado com maior velocidade e menor risco de acidentes e avarias, o que, no fim das contas, permitirá um ganho de competitividade a ser compartilhado por toda a sociedade. Mais importante do que isso, as obras permitirão salvar vidas, já que o número de acidentes, até agora em ascensão, deverá diminuir”, disse o presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.

Em maio deste ano, o Sistema FIRJAN, divulgou a nota técnica “Brasil mais competitivo: ganhos para a sociedade com a construção das novas pistas nas serras de Petrópolis e das Araras”. Nela demonstrou-se que o valor médio de um frete de 50 toneladas de carga padrão (carga seca) no Brasil é de R$ 4,45/km, enquanto o custo no trecho da Serra de Petrópolis é hoje quase 70% maior (R$ 7,53/km), gerando um custo de frete referencial para os 22 quilômetros da ordem de R$ 165 para o trecho.

A construção da nova subida possibilitará a mudança da classificação de qualidade da rodovia (que inclui fatores como geometria, sinalização e condição do pavimento, dentre outros) de ruim para boa, o que reduzirá o custo de frete no trecho para valores próximos a R$ 5,40/km ou R$ 91,89 no trecho, queda de 45% em relação ao atual.

Considerando as estimativas do volume de tráfego de veículos comerciais na BR 040, caso a nova pista esteja funcionando em 2016 a redução no custo do frete atingirá valores superiores a R$ 190 milhões já naquele ano, crescendo nos seguintes.

Outro estudo divulgado pela FIRJAN em janeiro apontava que a falta de investimentos na Serra de Petrópolis, trecho que concentra o maior volume de veículos da rodovia Washington Luiz, poderia gerar um prejuízo superior a R$ 1,6 bilhão com o aumento do número de acidentes até 2021. O trabalho “O alto custo dos acidentes nas serras das Araras e de Petrópolis e na Ponte Rio-Niterói” mostra também que o volume de veículos que passaram pelos 21 quilômetros da Serra de Petrópolis cresceu 25,4% nos últimos cinco anos.

O trecho, por onde circula grande parte das cargas industriais e do agronegócio exportadas por Minas Gerais, fechou 2012 com movimentação média de 26,6 mil carros/dia, contra 21,2 mil veículos/dia observados em 2008. Sem capacidade adequada para suportar tamanho crescimento - as pistas foram construídas há seis décadas - o resultado desse aumento é um número cada vez maior de acidentes.

Para a presidente da Representação Regional da FIRJAN na Região Serrana, Waltraud Keuper Rodrigues Pereira, "O início das obras atende, em parte, os anseios dos usuários da estrada. Há muito tempo esperávamos pela concretização do projeto e ver essa primeira etapa saindo do papel nos traz novas perspectivas. Vamos nos manter atentos ao andamento das intervenções e cobrar do Ministério dos Transportes respostas em relação às outras fases da obra, que incluem a obra no trecho de subida da serra a partir do Belvedere, até o Bingen. O Governo Federal está revendo o projeto e verificando as licenças necessárias. Só depois dirá se vai ou não arcar com os curtos da intervenção", lembrou.

Na tarde desta sexta-feira, o vice-governador do estado, Luiz Fernando Pezão; o diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Luiz Macedo Bastos, e o presidente da Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer), Pedro Johnson, se reuniram em Xerém, na altura do Km 102, em cerimônia que marcou o início oficial dos trabalhos.

Principais ações do Sistema FIRJAN em relação às obras nas rodovias federais concedidas do Estado do Rio de Janeiro:

1. Junho de 2010: Sistema FIRJAN convida a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para reunião do Conselho de Infraestrutura.

2. Novembro de 2010: Nota Técnica “A postergação da construção da nova pista de descida da Serra das Araras e seus impactos sobre o número de acidentes na BR 116”
Estudo mostra os impactos do atraso nas obras sobre o aumento do número de acidentes na rodovia, cobrando a execução da construção da nova pista.

3. Março de 2011: Análise das rodovias federais concedidas no estado do Rio de Janeiro
Estudo dos Programas de Exploração de Rodovias (PER) das rodovias federais concedidas no estado do Rio de Janeiro com comparativo entre obras previstas, adiadas via aditivos e realizadas. Estudo mostrou o atraso nas obras e foi o primeiro passo para a realização da reunião de trabalho do Conselho de Infraestrutura com todas as concessionárias, o DNIT e a ANTT para tratar do tema.

4. Julho de 2011: Envio de correspondência ao presidente da ANTT solicitando a execução de obras urgentes para mitigar os gargalos logísticos nas rodovias federais do estado do Rio de Janeiro
O presidente do Conselho de Infraestrutura, atendendo ao Conselho de Presidentes das representações Regionais, envia correspondência relacionando e solicitando a execução de obras urgentes para mitigar os gargalos logísticos nas rodovias federais do estado do Rio de Janeiro, em especial aquelas previstas em contrato ou que, não previstas, são essenciais diante da nova realidade fluminense, como os acessos à ponte Rio Niterói em Niterói e a ligação da Ponte com a Linha Vermelha, no Rio de Janeiro.

5. Setembro de 2011: Reunião de trabalho do Conselho de Infraestrutura com todas as concessionárias, o DNIT e a ANTT
Com base no resultado do estudo dos Programas de Exploração de Rodovias (PER) foram convidadas para discutir soluções para as grandes obras de infraestrutura atrasadas ou não previstas nos contratos das rodovias federais concedidas no Rio de Janeiro os presidentes das concessionárias, do DNIT e da ANTT, de forma a apresentarem uma proposta de equacionamento do problema. O principal ponto destacado pelo Sistema FIRJAN foi que, como os contratos da BR 040 e da BR 116 não previam os recursos necessários para que as obras fossem executadas nas serras das Araras e de Petrópolis, que o governo adotasse uma das duas propostas: extensão dos contratos ou realização das obras com recursos federais, conforme previsto nos contratos.

6. Maio de 2012: Audiência pública em Brasília na comissão de Viação e Transporte
Sistema FIRJAN expôs ao ministro dos Transportes, Paulo Passos, ao vice-governador Luiz Fernando Pezão e a todos as concessionárias a necessidade das obras e sua importância para o Rio de Janeiro.

7. Janeiro de 2013: Nota Técnica O alto custo dos acidentes nas serras das Araras e de Petrópolis e na Ponte Rio-Niterói
Estudo calcula o custo dos acidentes nos trechos não duplicados da Serra das Araras e de Petrópolis e na Ponte Rio-Niterói, quantificando as perdas no longo prazo para a sociedade e a economia fluminense e brasileira.

8. Maio de 2013: Nota Técnica Brasil mais competitivo: ganhos para a sociedade com a construção das novas pistas nas serras de Petrópolis e das Araras
Estudo defende o investimento direto do governo na complementação dos valores necessários para a execução das obras de duplicação das rodovias BR 040 e BR 116 das serras das Araras e de Petrópolis, mostrando que o valor investido será rapidamente recuperado pela sociedade, com a redução do número de acidentes e de vítimas (feridas e fatais), e pela economia.

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