segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

NO DIA NACIONAL DE COMBATE AO ALCOOLISMO, ESPECIALISTAS ALERTAM PARA OS PROBLEMAS CAUSADOS PELA DROGA LICITA MAIS VENDIDA NO PAÍS


O álcool, junto com o tabagismo, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de diversas doenças

Comemorado em 18 de fevereiro, o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo foi criado para que a sociedade reflita sobre esse grave problema de saúde pública, que não para de crescer especialmente entre os jovens. No Brasil, 10% da população sofre com o alcoolismo, os homens correspondem a 70% dos casos, enquanto as mulheres a 30%. O alcoolismo é considerado uma doença crônica caracterizada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Por ser considerada uma droga lícita, poucas pessoas conhecem os malefícios do consumo excessivo. Quando utilizado por tempo prolongado, tem ação tóxica sobre diversos órgãos.

O uso constante provoca danos ao sistema nervoso, podendo causar demência, diminuição da sensibilidade e da força muscular nas pernas. Outras possíveis consequências são: gastrites e úlceras, hepatites, acúmulo de gordura no fígado e cirrose hepática, pancreatite, miocardites, pressão alta, acidentes vasculares cerebrais e aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos).

“Além de todos os problemas causados na saúde, as relações sociais acabam sendo prejudicadas também. No excesso e na ausência dele, o dependente se torna irritado, tem tremores e crises de ansiedade, que só melhoram com o consumo cada vez maior”, afirma Dr. Julio Vieira de Melo, médico oncologista integrante da equipe do Centro de Terapia Oncológica – CTO.

O alcoolismo é o principal fator de risco de saúde no Brasil. Em 2010, foram aproximadamente 151 mil mortes causadas pelo álcool. O segundo fator é a pressão alta, responsável por mais mortes, cerca de 274 mil, afetando em torno de 5,3 milhões de indivíduos. Em terceiro lugar, a obesidade, com 04 milhões de pacientes e 141 mil falecimentos. É considerado um fator de risco qualquer situação que aumente a probabilidade de ocorrência de uma doença ou agravo à saúde. O termo risco, popularmente, além do sentido de possibilidade ou chance, tem o sentido de perigo.

Para não ser considerado um alcoólatra é preciso seguir algumas regras, como explica o médico Dr. Bruno Vargas, médico oncologista integrante da equipe do CTO. “Estipular uma dose máxima por dia (o ideal é que seja uma para mulheres e duas para homens), evitar beber em casa ou sozinho e tomar água, suco ou refrigerante para dar uma pausa no álcool, são algumas das medidas preventivas para desestimular o alcoolismo”.
 

O álcool age de diferentes formas no sexo feminino e no masculino e as mulheres apresentam características fisiológicas que as tornam mais susceptíveis aos efeitos do álcool do que os homens, isso por que elas possuem menor quantidade de água no organismo, fazendo com que o álcool fique mais concentrado, além disso, possuem níveis mais baixos de enzimas hepáticas responsáveis pelo metabolismo dessa substância.

“Dentre os cânceres mais comuns em pacientes que consomem grandes quantidades de álcool, estão o câncer de boca, esôfago, estômago, pâncreas, bexiga, próstata, mama e outros órgãos”, completa Dr. Bruno.

Os sintomas da intoxicação aguda são variados, desde a euforia, perda das inibições sociais, comportamento expansivo (muitas vezes inadequado ao ambiente) e emotividade exagerada. Há também quem desenvolva um comportamento agressivo. Outras pessoas ficam sonolentas e entorpecidas, mesmo que tenham bebido moderadamente. Segundo as estatísticas, essas quase nunca desenvolvem alcoolismo crônico.

Com o aumento da concentração da droga na corrente sanguínea, a função do cerebelo começa a mostrar sinais de deterioração, provocando desequilíbrio, alteração da capacidade cognitiva, dificuldade crescente para a articulação da palavra, perda de coordenação motora, movimentos vagarosos ou irregulares dos olhos, visão dupla, rubor facial e taquicardia.

O envolvimento da família é fundamental quando se começa o tratamento, o alcoolismo é uma doença que envolve não só o dependente, mas também todos do convívio. “O primeiro passo para o tratamento é o doente reconhecer que é alcoolista e querer mudar a situação. Depois, a família e o dependente devem procurar um psicólogo ou psiquiatra, que avaliará as possibilidades de tratamento. O tratamento pode envolver a desintoxicação, que é a retirada da bebida com acompanhamento profissional, a ingestão de medicamentos que auxiliam no controle do desejo de beber e aconselhamento individual ou em grupo”, finaliza Dr. Julio.

Mais informações podem ser obtidas na sede do CTO – Centro de Terapia Oncológica localizada à Rua Dr. Sá Earp, 309 - Centro – Petrópolis/ RJ, através do telefone (24) 2244-2005 ou no site www.ctopetropolis.com.br, ou ainda no CTO – Centro de Terapia Oncológica – Três Rios, à Rua Manuel Duarte, 318 - Centro – Três/ RJ, telefone (24) 2252-3816 e site www.ctotresrios.com.br.

Nenhum comentário:

Postar um comentário