segunda-feira, 12 de abril de 2010

OS PÂNDEGOS


A peça OS PÂNDEGOS – A Comédia surgiu da parceria de duas mentes criativas, apaixonadas pelo riso e pré-dispostas ao ridículo. Dig Dutra e Wagner Trindade são atores profissionais e já fizeram muito drama vida a fora. Mas foi através do humor que descobriram a verdadeira essência do trabalho do ator. Dig e Wagner não só interpretam, mas também criam, escrevem e compõem seus personagens. O desprendimento, a falta de dignidade com que o cômico se revela, a verdade de seus personagens e a cumplicidade que encontram na platéia são, sem dúvida, fundamentais para o sucesso deste espetáculo.
OS PÂNDEGOS – A Comédia é um verdadeiro show de humor, onde o público vai poder conhecer o lado mais humano e, porque não dizer, mais insano de alguns personagens. Apenas dois atores se revezam em cena e a cada nova entrada um figurino diferente, emoldurando o talento de ambos para a composição de personagens: Tia Biju, Das Dores, Morte, Valentina, Paulo César, Suellen e Gabriel Aphonso. Todos muito diferentes entre si, proporcionando aos atores um deleite de interpretações variadas, no corpo, na voz e nos trejeitos. Só uma coisa os iguala: a carência avassaladora que paira sobre suas vidas. Mas, assim como existem vários tipos de carência, existem também várias maneiras de lutar contra ela. Esses personagens não poupam esforços para chamar a atenção e mostram que, com humor e criatividade, é possível transformar falta em excesso.

SINOPSE
Uma peça dinâmica encenada por dois atores que se dividem em sete personagens.
Tia Biju é uma velhinha solteira que não teve filhos nem netos. A solidão poderia tomar conta de sua existência mas ela não se deixa levar. Seu passatempo preferido é implicar com sua empregada Marilene. Animada, adora sair com as amigas, em especial Dodoca. Gosta de dançar e não perde o rebolado diante das armadilhas do cotidiano. Esclerosada? Imagina! Ela nem lembra o que é isso.
Das Dores é uma hipocondríaca convicta. Aliás, todo mundo é um pouco hiponcondríaco, não é mesmo? Se não é, tem uma tia que é. A hipocondria se tornou uma fuga para os mais variados problemas. E como seria bom se um simples remedinho resolvesse tudo. Um não! Vários! O comprimido, a cápsula, o xarope, o emplasto, o em gotas, o tarja preta! Das Dores não dispensa nenhum. E se bobear ela ainda os receita pra você! Esta personagem é uma hipocondríaca feliz e muito bem resolvida com o seu estilo de vida. Rimos dela e de suas manias mas, principalmente, nos enxergamos nela. Seus medos e suas carências nos são familiares. Sua alegria de viver esconde o medo que todos nós temos da solidão.
E o medo da morte? Ninguém gosta dessa palavra e nem quer saber dela por perto.
A morte é assim, evitada, descriminada e solitária. Então como deve se sentir a própria, em pessoa? Sim, a Morte da Bezerra, com nome e sobrenome. Nas horas vagas ela vai ao dentista e prova que até ela tem seu lado humano, com dores, prazeres e deboches.

Mas agora me diga. O que fazer quando tudo dá errado? A televisão pifou, o marido traiu, a empregada vacilou, a luz acabou, o dente caiu... Só morrendo! Pois Valentina acreditou nessa expressão e fez de tudo para colocá-la em prática, numa fúria desenfreada para fugir dos seus problemas. O que ela não sabia era da sua total incompetência para conseguir passar dessa pra melhor. Mas Valentina não vai desistir assim tão fácil, afinal, existem muitas maneiras de acabar com a própria raça!
Outro que não desiste é Paulo Cesar. Um rico decadente que faz campanha para manter os seus luxos. O dinheiro e os bens materiais são os fundamentos de sua vida por isso ele se curva diante do público, mas não muito por causa da lipo, para pedir um pouco de solidariedade e uma grande contribuição em sua conta bancária.
Desde pequeno o ser humano é envolvido por competições. Quem vai sentar na janela, quem vai dar a mão para a mãe, quem é o queridinho da vovó. Filho do meio, então, costuma dizer que sofre. Suellen tem um irmão maior e um irmão menor. Esperta, inventou uma forma de atrair todas as atenções da família. Uma criança encantadora com seu jeitinho psicopata de ser. Esse seu jeito especial de amar os irmãos, os bichinhos e até o avô. Ingênua ou travessa? Na dúvida, melhor mandá-la pra casa da tia!
Mas nem todas as crianças são assim. O menino Gabriel, por exemplo, é filho único, protegido e inocente. Coisa mais fofa e meiga do mundo. Gosta de cantar e dançar, mas às vezes faz birra. É que ele tem a língua presa e, cuidado, se alguém der risada ele chora.
Esta peça é uma reflexão do quanto o ser humano se defende da realidade e como usa os mais variados artifícios em busca da felicidade.

SERVIÇOOs Pândegos
Gênero: comédia
Classificação: livre
Dias: 21 e 22 de Abril
Horários: quarta-feira às 18h e quinta-feira às 20h
Local: Theatro D. Pedro
(Praça dos Expedicionários S/N – Centro – Telefone 2235-3833)
Ingressos: R$ 30,00 (com 50% para estudantes, idosos, portadores de deficiência e clientes Unimed Petrópolis)
Produção: Petrópolis em Cena / www.petropolisemcena.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário