Tramita na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) projeto de lei do deputado petropolitano Bernardo Rossi, líder do PMDB, instituindo a gratuidade no sepultamento ou cremação dos corpos de doadores de órgãos, incluindo traslados. A iniciativa vale para os cemitérios públicos. "Não se trata de uma compensação pelo gesto solidário, mas um apoio para muitas famílias com dificuldades em enterrar um parente. A lei vai garantir a gratuidade, mas ela deverá ser usada por quem realmente precisar", defende Bernardo Rossi.
A doação de órgãos vem crescendo no Estado que registrou nos últimos dois anos o maior avanço nacional na área. Em 2010, o estado era o que menos registrava doações e acabou passando a ser o terceiro no país. Em 2011, houve crescimento de 50% no número de doadores em relação a 2010, chegando a 121. Em 2012, foram 221 doadores e a meta para 2013 é superar 250 captações. Em 2013, já foram realizadas 61 doações. A meta inicial do Centro Estadual de Transplantes, que funciona no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, no Rio, é chegar a 300 transplantes este ano, incluindo rim, fígado e pâncreas. Em seguida, o plano é oferecer um crescimento progressivo desse quantitativo.
Um caso recente em Petrópolis de doação de órgãos beneficiou cinco pessoas de imediato. Um militar, alpinista, com morte cerebral depois de um grave acidente, teve seus órgãos doados pela família. Foram retirados do rapaz os rins, o fígado, as córneas e os ossos.. Até a pele foi doada para um banco de pele de um hospital em Volta Redonda e poderá atender até 30 pessoas.
"É um exemplo de solidariedade em um momento dramático para uma família. A doação cresce no Estado, mas ainda é preciso mais para conscientizar", opina o deputado petropolitano. O projeto prevê ampla divulgação da gratuidade em repartições públicas e nos próprios cemitérios. "Acreditamos que hospitais, mesmo os particulares, que fazem a captação de órgãos, também vão aderir à divulgação", completa Bernardo Rossi.
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