sexta-feira, 7 de junho de 2013

COMISSÃO VISITA OBRAS NO CUIABÁ

A Comissão da Câmara Municipal que apura as omissões do governo em relação às chuvas ocorridas em 2011 no Vale do Cuiabá e adjacências visitou a região nessa sexta-feira para acompanhar o andamento das obras realizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA). Estiveram presentes os vereadores Silmar Fortes (PMDB), Maurinho Branco (PTC) e Pastor Sebastião (PSC), além da promotora Zilda Januzzi do Ministério Público, do secretário de Defesa Civil Rafael Simão e de representantes do INEA.

José Carlos Grilo, gerente de obras do INEA para a região serrana, explicou o trabalho que está sendo feito no local, além de apresentar o Projeto Executivo atualizado. Em parte das margens do rio Cuiabá, já é possível observar os resultados do trabalho, em trechos que receberam grama grampeada e pedras.

Segundo Grilo, “Começamos a recuperação das calhas dos rios Cuiabá, Santo Antônio e Carvão. No entanto, com a tragédia, os rios mudaram de curso em alguns pontos e por isso estamos trabalhando no redirecionamento desses pontos. Além disso, fizemos a licitação em cima de um projeto básico, mas quando chegamos aqui para o início das obras, a situação já é outra, por isso a demora do Projeto Executivo”.

Ainda segundo o gerente do INEA, “Essa reunião aqui é a melhor que coisa que poderia acontecer, pois só assim é possível mostrar o andamento das obras e também o que é responsabilidade do INEA”.

Para o vereador Silmar Fortes (PMDB), presidente da Comissão do Cuiabá na Câmara, “em relação às obras da calha do rio realmente houve um avanço. Outro ponto positivo da visita foi o acesso às plantas atualizadas do Projeto Executivo. Essa atualização é fruto dos questionamentos feitos pela própria comunidade. O ponto zero da obra passa a ter uma central de mudas, importante para a região”.

O grupo começou a visita pelo ponto zero da obra onde há casas que foram mantidas, pois estão fora na zona de exclusão do INEA, mas estão isoladas, pois a ponte foi levada na tragédia de 2011. Segundo o Instituto, pontes que levam à propriedade privada não podem ser reconstruídas pelo Estado. Mas para a Promotora do Meio Ambiente, Zilda Januzzi, “caso a ponte seja para beneficiar uma comunidade, mesmo que seja privada, é possível sim exigir que o Estado a reponha”.

A promotora também questionou a possibilidade de o INEA reflorestar as áreas dos morros que sofreram deslizamentos de terra, pois se trata de áreas de preservação florestal permanente. O INEA declarou ter nesse momento projetos somente para os rios, mas está aberto para discutir a possibilidade de trabalhar nessas áreas nos morros também.

O presidente da Associação dos Moradores do Cuiabá e Boa Esperança, José Quintella, afirmou que “faz tempo que não via essa movimentação na região. As autoridades vêm no dia da tragédia, mas a frequência das visitas sempre diminui depois. Gostaria que eles viessem sempre, pois assim, as obras andam”. Quintela declarou sua preocupação com as obras que estão sendo feitas, “essas obras precisam chegar até o final do rio, pois lá o rio está assoreado e é onde mais de cinquenta famílias moram. A obra está ótima, mas aqui não mora praticamente ninguém”.

O grupo também visitou o terreno em que a Firjan construiu 24 casas e onde serão construídas mais 50 unidades habitacionais. Os moradores do Cuiabá que perderam suas casas em 2011 serão prioridade para receber essas novas casas. No local, a equipe do INEA já iniciou a terraplanagem e a melhoria de infraestrutura de acesso.

Segundo o vereador Maurinho Branco (PTC), “o presidente da CPTrans, Gilmar de Oliveira, veio aqui hoje [sexta-feira] e me garantiu que irá providenciar transporte público para as famílias que vem morar na região depois da conclusão das obras do Estado”.

Outro ponto da visitação foi o Buraco do Sapo. Lá o INEA mostrou aos membros da Comissão as pontes que serão construídas sob responsabilidade do órgão. O grupo finalizou a visita no posto de saúde da região e no terreno em que o novo posto deve ser construído no futuro.

O Tenente-Coronel Rafael Simão garantiu que os problemas encontrados anteriormente no terreno podem ser resolvidos. Para o vereador Silmar, “Esse terreno é uma solução permanente para o posto de saúde, pois o local em que o posto ficava antes já foi inundado duas vezes e o lugar atual do posto não oferece condições para que as equipes atendam bem a população”.

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