Deputado tem apoio da bancada feminina da Alerj composta por 13 mulheres
Considerando apenas primeiro e segundo distritos, o Centro de Referência e Atendimento à Mulher Tia Alice, que acolhe e orienta mulheres em situação de violência atendeu, de maio de 2007, quando foi criado, até dezembro do ano passado, 2.162 mulheres. Com base nestes números e numa população feminina de 154 mil mulheres, o deputado estadual Bernardo Rossi (PMDB) apresentou na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) indicação para que Petrópolis tenha uma Delegacia da Mulher, com atendimento especializado.
A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, anunciou a construção de mais duas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) no estado do Rio, que devem ser inauguradas até junho, o que elevará para 12 o número de unidades desse tipo. Uma delas ficará em Campos, no Norte Fluminense; a outra, em Nova Friburgo, na Região Serrana.
"Petrópolis, com cerca de 190 mil habitantes tem uma população praticamente igual à de Nova Friburgo (182 mil) e igual ou maior número de casos de violência contra a mulher. E queremos que a nossa cidade seja incluída nos investimentos deste setor", justifica Bernardo Rossi. O parlamentar acompanha o trabalho do CRAM de Petrópolis desde a sua criação e acredita que o Centro possa ser complementar à atividade da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher. "Os casos são cuidados individualmente e, nos mais graves, há a possibilidade de a mulher e seus filhos serem abrigadas em local seguro. É louvável a atuação do CRAM e com a Delegacia esse trabalho pode ser ampliado", considera Bernardo Rossi.
O deputado estadual conta com o apoio da bancada feminina da Alerj - 13 parlamentares são mulheres, o que representa 18,6% da Assembléia Legislativa fluminense - e também dos demais deputados. "A indicação com certeza será aprovada, mas quanto mais adesões públicas tivermos mais força teremos para pressionar que o governo do Estado instale de imediato essa ferramenta de proteção à mulher em Petrópolis", afirma Bernardo Rossi.
Os números, em todo o país, são alarmantes. Segundo o Instituto Patrícia Galvão, a cada dois minutos cinco mulheres são espancadas no Brasil. "Essa mudança de comportamento, o respeito à mulher só podem ser alterados com uma legislação forte e um trabalho de punição exemplar. Por isso, uma Delegacia especializada em Petrópolis", pontua Bernardo Rossi.
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