Águas do Imperador e Comdep convocadas pela CPI das Chuvas
Audiência Pública vai reunir deputados estaduais, federais e representantes do governo estadual em maio
Com avaliações de engenheiros e técnicos sobre os impactos das chuvas em Petrópolis nos últimos 30 anos, a Comissão Parlamentar de Inquérito Municipal (CPIM) que apura as responsabilidades pelas tragédias provocadas pelas chuvas em janeiro vai pedir explicações esta semana a representantes da concessionária Águas do Imperador e da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep). Critérios para ligações de abastecimento de água, limpeza das encostas e desassoreamento dos rios estão na pauta do encontro.
A quarta reunião da CPIM está marcada para esta terça-feira (12.04). Ao mesmo tempo em que os encontros com técnicos vem ocorrendo, o presidente da Câmara, Paulo Igor (PMDB), está organizando uma audiência pública reunindo deputados federais, estaduais, vereadores e representantes do governo estadual já marcada para o dia 02 de maio.
- A Câmara de Vereadores já tinha assinalado a disposição para uma audiência pública com o prefeito de Angra, Tuca Jordão, para trazer sua experiência em relação as chuvas de 2008 naquele município e com o vice-governador Luiz Fernando Pezão, para falar sobre todas as ações do Estado. Mas, a CPI das Câmara iniciou uma cooperação com a CPI das Chuvas da Alerj e fomos acionados por deputados federais também interessados em tratar do assunto. Assim, vamos reunir todos em um único momento", afirma Paulo Igor.
Até a audiência pública, em maio, o presidente da CPI das Chuvas da Câmara, João Tobias (PPS), acredita reunir ainda mais dados técnicos para o grande encontro com parlamentares estaduais e federais.
A CPI ouviu até o momento os engenheiros Rolf Dieringer, Carlos Alberto Salgueiro e Johannes Stein, além do técnico sanitarista Pedro Pomim, o presidente do IPHS, Philippe Guedon e o representante da Federação das Associações de Moradores de Petrópolis (FAMPE), Alencar Lisboa. Técnicos foram unânimes em afirmar que o assunto requer atenção especial por parte do poder público e que ações imediatas como a implementação de projetos de recuperação ambiental podem minimizar os danos.
"A geografia da nossa cidade aliada ao crescimento desordenado nas encostas potencializa o risco. Precisamos impedir os desmatamentos e programar o reflorestamento de áreas já degradadas. Este foi um dos pontos mais destacado pelos engenheiros Rolf Dieringer e Carlos Alberto Salgueiro. Estamos trabalhando na elaboração de um mapa histórico das tragédias e vamos mapear as áreas críticas, de forma que se possa ter uma visão global do problema. Os técnicos nos apontaram o conjunto de razões que provocaram a tragédia em janeiro. Eles também poderão nos auxiliar apontando possíveis soluções", frisa João Tobias.
O presidente da CPI das Chuvas ressalta ainda a importância da participação de líderes comunitários e representantes de associações de moradores no trabalho da CPI. "A Fampe está contribuindo muito conosco, mas temos a informação de que existem na cidade cerca de 800 entidades e associações de moradores. Acredito que elas podem nos auxiliar também. Estamos à disposição para receber informações", disse Tobias, lembrando que os dados podem ser passados pelo endereço eletrônico joaotobias@cmp.rj.gov.br .
O presidente da Câmara, Paulo Igor, destacou ainda que a CPI que apura as responsabilidades pela chuva em Petrópolis está trabalhando em uma parceria inédita com a CPI das Chuvas da Alerj, em andamento na Assembléia Legislativa do Estado do Rio, que tem como integrante o deputado estadual Bernardo Rossi (PMDB). "Esta parceria fortalece o trabalho das duas comissões em função da troca de informações. Este conjunto de ações é muito importante para a nossa cidade. A parceria da Câmara com deputados estaduais e federais que estão focados nesta mesma questão, certamente vai trazer resultados positivos para a nossa cidade", avalia Paulo Igor.
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